ASSINE VEJA NEGÓCIOS

Prates sinaliza entrada do Brasil na Opep+, mas sem cotas de produção

Presidente da estatal afirma que o país deve ser uma espécie de observador; decisão final será tomada em junho

Por da Redação
1 dez 2023, 10h00

O presidente-executivo da Petrobras, Jean Paul Prates, defendeu a entrada do Brasil na Opep+, grupo composto pelos países membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, entre eles a Arábia Saudita e Venezuela,  e produtores aliados, como a Rússia e o México.

A declaração de Prates ocorre no mesmo dia em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou em seu discurso na COP28 que as economias globais precisam diminuir a dependência de combustíveis fósseis e apostar nas energias renováveis, posição que não é defendida pelo grupo petrolífero.

“Eles chamam outros países que não têm direito a voto e não são impostas cotas a esses países. Jamais participaríamos de uma entidade que estabelecesse cota para o Brasil, ainda mais com o apoio da Petrobras que é uma empresa aberta no mercado e não pode ter cota”, afirmou o executivo. Questionada por VEJA sobre a fala do presidente, a Petrobras não respondeu até a publicação desta reportagem.

Continua após a publicidade
Continua após a publicidade

Uma das principais resistências para o Brasil participar das cotas é a Petrobras, que busca elevar sua extração no país, para ampliar a oferta de derivados no mercado interno. Além disso, a companhia obtém importantes receitas com exportações de petróleo. O Brasil é o maior produtor de petróleo da América do Sul, com uma produção de 4,66 milhões de barris de óleo equivalente ao dia (petróleo e gás) em setembro.

Este não é o primeiro convite da entidade para que o Brasil faça parte de seus quadros. Em 2019, durante o governo de Jair Bolsonaro, o país foi convidado pela Arábia Saudita, mas recusou a adesão.

Continua após a publicidade

Como funciona a Opep+

A Opep tem como objetivo coordenar e unificar as políticas de produção e exportação da commodity pelos países membros, visando sempre “salvaguardar os seus interesses, individual e coletivamente”, afirma a organização em seu estatuto. Além dos 13 países membros, o grupo com o “+” tem aliados que participam das discussões, como Rússia e México.

Continua após a publicidade

Na prática, as decisões da Opep+ em determinar a produção tem como resultado o controle de preços no mercado global.  Com uma maior produção, o preço tende a ficar mais barato. Já com uma menor produção, a commodity tende a ficar mais cara.

Na quinta-feira, 30, a Opep anunciou um corte voluntário de 2 milhões de barris por dia na produção global de petróleo a partir de janeiro de 2024. A medida é recorrente e avaliada por analistas de mercado como uma tentativa de entidade de manter os preços do petróleo em patamares elevados. O petróleo tipo brent é negociado a 80 dólares por barril nesta sexta-feira.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas R$ 5,99/mês*
ECONOMIZE ATÉ 59% OFF

Revista em Casa + Digital Completo

Nesta semana do Consumidor, aproveite a promoção que preparamos pra você.
Receba a revista em casa a partir de 10,99.
a partir de 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$ 1,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.