Poupança antiga lidera ranking de aplicações
Em segundo lugar, os investimentos em CDB renderam 0,45% em fevereiro, enquanto a poupança nova, cuja rentabilidade é de 70% da Selic, ficou em terceiro lugar
Fevereiro foi um mês desafiador para o brasileiro. A combinação de juro baixo com a volatilidade da renda variável (mercado de ações) levou a poupança antiga – cuja rentabilidade é de 0,5% ao mês – para a liderança do ranking de investimento do mês. O segundo melhor desempenho no mês foi do Certificado de Depósito Bancário (CDB) para aplicações acima de 100 mil reais, que rendeu 0,45% em fevereiro.
A poupança nova, válida para aplicações feitas a partir de 3 de maio de 2012 e cujo rendimento foi de 70% da taxa básica de juros (Selic), ocupou a terceira colocação (0,41%) em fevereiro. A Selic se encontra atualmente em seu menor patamar histórico, em 7,25%. Os fundos DI vieram na sequência, com variação de 0,40%. Na renda variável, o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) recuou 3,91% no mês passado. O dólar caiu 0,55%, e o ouro teve uma queda de 6,54%.
“Fevereiro foi um mês em que a volatilidade se espalhou por praticamente todos os mercados. Quase todos os produtos tiveram um desempenho ruim”, afirma Michael Viriato, professor de finanças do Insper. O desempenho ruim do Ibovespa foi influenciado sobretudo pelo resultado dos papéis da Vale e da Petrobras. Em fevereiro, as ações preferenciais da mineradora caíram 6,20%, enquanto as ordinárias recuaram 6,73%. No caso da petroleira, as preferenciais tiveram queda de 8,19%, e as ordinárias de 20,46%. “Além disso, tivemos problemas na concessão do setor elétrico”, diz Fabio Colombo, administrador de investimentos.
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A boa notícia do mês passado foi a inflação medida pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) que ficou em 0,29%, abaixo dos 0,34% de janeiro. A aposta porém é que o índice volte a subir em março.
Acumulado – Nos dois primeiros meses do ano, a aplicação mais rentável é a poupança antiga, com rendimento de 1% no período. O CDB para aplicações acima de 100 mil reais está no segundo lugar com alta de 0,89%. Na renda variável, o ouro tem queda acumulada de 8,68% nos dois primeiros meses do ano. O Ibovespa caiu 5,79%, e o dólar recuou 3,37% no período.
Para os próximos meses, as aplicações a juros deverão seguir lutando para bater a inflação, segundo avaliação de Fabio Colombo. “Mas provavelmente elas deverão empatar ou ficar no negativo”, afirma. Já os fundos de renda fixa e aqueles atrelados à inflação deverão sofrer por mais algum tempo por causa da curva de juros em alta.
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(com Estadão Conteúdo)