Promoção do Ano: VEJA por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Por que o discurso de Jerome Powell, do Fed, faz o dólar cair

O dia começou com o dólar em alta, aproximando-se de R$ 5,60, mas recua mais de 1% após o discurso do presidente do banco central americano

Por Luana Zanobia Atualizado em 23 ago 2024, 16h01 - Publicado em 23 ago 2024, 11h58

O dia começou com o dólar em alta, aproximando-se de R$ 5,60, mas recuou após o início do discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, no simpósio de Jackson Hole.  Por volta das 16h, a moeda caia 1,9%, vendida a R$5,48. Até o início do discurso, a percepção dominante entre os investidores era de que o Fed optaria por cortes graduais e de menor magnitude na taxa de juros, com 73% do mercado apostando em uma redução de 0,25 ponto percentual.  Essa expectativa havia alimentado a alta nos rendimentos das Treasuries, tornando os títulos do Tesouro americano mais atraentes e impulsionando o dólar em relação a outras moedas.

Jerome Powell declarou que “chegou o momento de ajustar a política monetária”. Ele observou que, apesar de a inflação ainda não estar totalmente sob controle, ela recuou significativamente e se aproxima da meta de 2%. Embora o mercado de trabalho permaneça sólido, Powell alertou para o aumento dos riscos de desaceleração econômica e do enfraquecimento das condições no mercado de trabalho. “O abrandamento das condições do mercado de trabalho é inegável. Os ganhos de emprego continuam sólidos, mas desaceleraram este ano”, disse. Segundo ele, “parece improvável que o mercado de trabalho seja uma fonte significativa de pressões inflacionárias no futuro próximo”.  Powell ainda completou dizendo: “O nível atual de nossa política nos dá ampla margem para reagir a qualquer risco que possamos enfrentar, incluindo a desaceleração da economia e o enfraquecimento das condições no mercado de trabalho”. O discurso gerou especulações entre investidores sobre a possibilidade de um corte mais agressivo, de até 0,50 ponto percentual, nas taxas de juros na próxima reunião do Fed em setembro. Isso gerou uma mudança abrupta nas expectativas, com a ferramenta FedWatch registrando um aumento significativo na probabilidade de um corte mais profundo, agora visto como possível por 32,5% dos investidores.

Um corte de juros de maior magnitude nos Estados Unidos tem implicações profundas para o mercado cambial. Ao reduzir o retorno dos títulos americanos, o Fed diminui a atratividade do dólar como moeda de reserva. Investidores, buscando melhores rendimentos, tendem a migrar para ativos de países com taxas de juros mais elevadas. No cenário atual, o Brasil desponta como um destino preferido, com a taxa Selic em patamares elevados, atraindo um volume crescente de capital estrangeiro para a B3. Esse fluxo de investimentos é um dos fatores que explicam os recentes recordes do Ibovespa.

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

2 meses por 8,00
(equivalente a 4,00/mês)

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.