Policial nunca teve privilégio no Brasil, diz Bolsonaro sobre reforma
Presidente voltou a fazer apelo por regras mais brandas para a categoria na Previdência
Em um encontro com integrantes da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), ministros e líderes do governo nesta quinta-feira, 4, no Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro fez mais uma vez um apelo por mudanças para a aposentadoria de policiais no texto da reforma da Previdência, em tramitação na Câmara.
Além das mudanças dos policias que servem a União, ele defendeu os policiais militares no discurso. Na quarta, Bolsonaro tentou um acordo com líderes do Congresso para contemplar a categoria, que acabou não sendo acatado. Na ocasião, afirmou que “o problema é que ninguém quer perder nada” e que “todos têm que dar sua contribuição”.
Na manhã desta quinta, o discurso foi outro. “Estamos discutindo aqui a questão da nova Previdência e estamos com problema na questão de policiais militares, também policiais federais e rodoviários federais. Quero deixar claro que policial militar nunca teve privilégio no Brasil, então qualquer discurso para mudança de policial militar, se fala de restabelecer privilégio, isso não é verdade”, defendeu o presidente.
Ele fez um pedido para que a demanda dos policiais seja atendida, mesmo que parcialmente. “Apelo aos senhores nessa questão específica, vamos atender, que seja em parte, porque os policiais militares são mais do que nossos aliados, são aqueles que dão as suas vidas por nós todos brasileiros. O mesmo no tocante a policial federal e polícia rodoviária federal. Tem um equívoco que nós, governo, erramos e dá para resolver essa questão através do bom senso de todos os senhores.”
Novo ministro vai ‘entrar em campo’
Também nesta quinta, ao dar posse ao general Luiz Eduardo Ramos na Secretaria de Governo, Bolsonaro afirmou que o novo ministro vai “entrar em campo” na busca de uma solução para os policiais na reforma.
“O que nós queremos e precisamos dos senhores é consolidar essa decisão que já conversei agora há pouco com o Rodrigo Maia, que está tendo uma participação excepcional na questão da Previdência, de modo que acertemos a questão dos policiais militares, bem como da polícia federal e polícia rodoviária federal”, acrescentou.
(Com Estadão Conteúdo e Reuters)