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PIX estreia e promete mudar relação do brasileiro com transações digitais

Novo sistema do BC possibilita pagamentos instantâneos, 24 horas por dia e sem taxas; com ele, celular se torna imprescindível como a carteira

Por Larissa Quintino Atualizado em 16 nov 2020, 14h02 - Publicado em 16 nov 2020, 09h50

Foram meses de preparação, semanas de testes, mais de 70 milhões de chaves cadastradas antecipadamente e, agora, o PIX é oficial. O novo meio de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central começa a funcionar nesta segunda-feira, 16, de forma integral em todo o país. Com isso, o brasileiro poderá fazer transações apenas pelo celular. Ou seja, esquecer a carteira em casa ou no escritório não é mais desculpa para não pagar a conta do almoço, por exemplo. O sistema permite transferências monetárias de forma rápida e digital em segundos, 24 horas, todos os dias da semana. Para o pagador, a comodidade de conseguir fazer transações rápidas e, para o recebedor — seja ele pessoa física ou jurídica — de ver o dinheiro na conta na hora.

Entre as facilidades do sistema está a questão da forma de transação: o consumidor nem precisará saber os dados bancários da pessoa ou empresa que vai receber o dinheiro. Basta um número de telefone, CPF ou e-mail e o pagamento está feito. Também será possível fazer transações por meio de QR Code. Vale lembrar que o PIX não é um aplicativo de celular que o usuário baixa e, dentro dele faz as transações. Ele é uma forma de pagar, assim como cartões, TED e DOC, disponível via aplicativo do seu banco. Para transferir dinheiro via a nova tecnologia, basta informar no app de seu banco ou fintech a chave de quem você deseja pagar e, claro, ter dinheiro na conta.

A ausência de custos, combinada com a simplicidade e a velocidade da transação indica que o PIX vai provocar grande impacto não só entre os consumidores, mas também em bancos e empresas de maquininhas de cartão. Estima-se uma perda de receita de cerca de 19 bilhões de reais por ano para esses setores. Esse volume diz respeito ao montante que as instituições arrecadam cobrando tarifas de transferências, uso de terminais de autoatendimento, taxas de transações de cartões e tarifas para a emissão de boletos. Todos esses custos, em parte, podem ser substituídos pelo novo modelo.

Uma das apostas do Banco Central para o sucesso da operação é que as 34 instituições com mais de 500.000 contas cadastradas são obrigadas a aderir ao sistema, o que dá capilaridade para o PIX. No entanto, a operação já deve começar com muito mais do que isso, pois 762 instituições estão aprovadas para oferecer o meio de pagamento. Além disso, um comportamento trazido pela pandemia pode alavancar o novo sistema.

Segundo pesquisa da consultoria Bain & Company, 44% da população economicamente ativa fez sua primeira operação bancária on-line pelo celular a partir do início do isolamento social. O auxílio emergencial tem parte nisso. Mais de 60 milhões de brasileiros que receberam o benefício tiveram o contato com conta digital — aberta pela Caixa para fazer o pagamento. Um dos únicos entraves do sistema é a necessidade que o usuário tenha acesso à internet. O BC, porém, já estuda novos formatos que não exijam conexão a rede móvel, como um QR code offline. Mas, o BC já planeja uma alternativa para as próximas fases do PIX.

Pontapé inicial

Durante o soft opening (inauguração leve, em tradução livre), entre os dias 3 e 15 de novembro, o Banco Central registrou 1.749.079 transações, que somaram cerca de 734,4 milhões de reais em volume financeiro trafegado entre contas de diferentes instituições no país, segundo o BC. Ao todo, são 71,3 milhões de chaves cadastradas: desse total, 30 milhões por pessoas físicas e quase 1,8 milhão por pessoas jurídicas. Cada pessoa física pode registrar até cinco chaves por conta, enquanto as pessoas jurídicas têm um limite de 20 chaves, também por conta.

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