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PIB dos EUA desacelera no 4º tri e encerra 2024 com expansão de 2,8%

O crescimento desacelerou devido a condições climáticas adversas e ao aumento da cautela econômica gerado pelo perfil protecionista de Donald Trump

Por Luana Zanobia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 27 fev 2025, 12h55

O crescimento econômico dos Estados Unidos desacelerou no último trimestre de 2024, expandindo a uma taxa anualizada de 2,3%, uma queda notável em relação aos 3,1% do trimestre anterior. No ano, o crescimento foi de 2,8%, ligeiramente abaixo dos 2,9% de 2023, mas acima do patamar de 1,8% que o banco central americano, o Federal Reserve (Fed) estima ser o máximo que a economia pode crescer sem gerar pressões inflacionárias.

A desaceleração no último trimestre do ano está relacionada com as condições meteorológicas severas — com tempestades de neve e frio intenso — que restringiram o consumo, especialmente em setores sensíveis, como o varejo. A retração nas vendas e a queda na demanda por imóveis interromperam o impulso de expansão.

Além disso, a guerra comercial do presidente Donald Trump gera incertezas na maior economia do mundo. Embora o mercado de trabalho continue aquecido, o aumento dos preços dos bens importados ameaça a demanda. A confiança das empresas também está abalada pela perspectiva de mais barreiras comerciais, o que aumenta o custo de insumos essenciais e diminui as margens de lucro, forçando as empresas a reverem seus planos de investimento.

Essa combinação de fatores torna o cenário desafiador para o Fed, que interrompeu, em janeiro, a sequência de cortes que vinha realizando desde setembro. Na última reunião, o banco manteve a taxa de juros na faixa entre 4,25% a 4,50%. A decisão de pausar os cortes em janeiro refletiu tanto uma preocupação com a inflação quanto a necessidade de preservar espaço para manobra em caso de futuras instabilidades. O núcleo do Índice de Preços de Despesas de Consumo Pessoal (PCE), que exclui alimentos e energia, subiu 2,7% no último trimestre, acima dos 2,5% inicialmente previstos, reforçando a pressão inflacionária.

Para este ano, as expectativas estão em território de cautela, enquanto o mercado aguarda os próximos passos da política monetária de Trump e as possíveis consequências de novos movimentos tarifários na economia. Para manter o crescimento em meio a uma economia global cada vez mais fragmentada, os EUA terão que navegar habilmente entre pressões inflacionárias e a necessidade de estimular a demanda interna. Uma tarefa nada fácil.

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