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PIB de serviços aquém do esperado no 1º trimestre é prévia do que vem pela frente

Com quase 60% de peso na composição do PIB brasileiro, fraco desempenho do setor de serviços reforça expectativa de freada da economia

Por Márcio Juliboni Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 Maio 2025, 12h57 - Publicado em 30 Maio 2025, 12h53

Se o forte crescimento do agronegócio no primeiro trimestre já era esperado e o forte incremento da taxa de investimentos foi a surpresa positiva do Produto Interno Bruto (PIB) divulgado nesta sexta-feira 30, o setor de serviços foi o destaque negativo ao vir abaixo do esperado. Na comparação com o último trimestre de 2024, o setor cresceu 0,3%, aquém das projeções que apontavam para algo entre 0,5% e 0,6%. Com um peso de quase 60% na composição do PIB brasileiro, o mau desempenho foi determinante para que a economia crescesse 1,4% sobre o fim do ano passado.

Entre os serviços computados pelos Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os de transportes, armazenagem e correios foram os únicos a apresentar resultado negativo, ao recuar 0,6% na comparação com o quarto trimestre de 2024. Os serviços de intermediação financeira também apresentaram desempenho menor que o da média geral, com alta de apenas 0,1%.

“A retração na indústria e o crescimento modesto nos serviços evidenciam que ainda há muito a ser feito para equilibrar o crescimento entre os setores e garantir um desenvolvimento mais sustentável e inclusivo”, afirma Felipe Vasconcellos, sócio da Equus Capital. Sem isso, os analistas apontam para a forte dependência do agronegócio para a economia nacional. A safra recorde de grão no início do ano foi determinante para que o PIB do campo saltasse 12,2% na comparação com o fim de 2024 e sustentasse o resultado positivo da economia em geral.

Mas, os especialistas apontam que essa contribuição se esgotará nos próximos meses. Sem um bom desempenho dos outros componentes do PIB, a tendência é que o crescimento desacelere. “Embora os dados mostrem que a economia brasileira registrou forte expansão no início do ano, acreditamos que esse impulso deve ser temporário”, afirma Claudia Moreno, economista do C6 Bank. “Para os próximos trimestres, esperamos que o PIB cresça menos ou fique estável.” O C6 Bank projeta um crescimento de 2% neste ano. Se confirmado, o número representará uma freada em relação a 2024, quando o PIB cresceu 3,4%.

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