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Petróleo volta ao valor pré-guerra após seis meses do início do conflito

A política americana e europeia de juros altos para conter a inflação desacelera a economia, mas finalmente surte efeito no bolso do consumidor

Por Luisa Purchio Atualizado em 25 ago 2022, 11h28 - Publicado em 24 ago 2022, 15h24

Nesta quarta-feira, 24, a invasão da Ucrânia pela Rússia está completando seis meses. Uma das consequências do conflito que atingiu o mundo todo foi a alta do preço do petróleo, cujo tipo Brent chegou a atingir o pico de 121,96 dólares o barril no final de maio. Desde o fim da pandemia, o petróleo disparou com a retomada das atividades econômicas e ganhou um impulso a mais com a guerra na Ucrânia. Um semestre depois da ofensiva de Putin, no entanto, o conflito geopolítico não arrefeceu, mas o preço da commodity vem caindo e atingiu os patamares do período pré-guerra, próximo aos 100 dólares.

O principal motivo da queda do preço do petróleo no mercado internacional nos últimos meses foi a desaceleração da economia provocada pela alta de juros em regiões importantes como a Europa e os Estados Unidos. No mês passado, o Federal Reserve elevou os juros para a faixa de 2,25% a 2,5% ao ano. Além disso, a diminuição da atividade econômica da China, grande consumidora de petróleo, aumenta a disponibilidade da commodity e reduz a pressão sobre os preços. Nessa conta, entra ainda o possível aumento da disponibilidade de petróleo do Irã e da produção nos Estados Unidos.

Esta é uma excelente notícia para os consumidores, uma vez que o petróleo inflaciona muito o orçamento doméstico, diretamente no combustível dos veículos e indiretamente nas gôndolas do supermercado. Dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostram que na semana passada o litro da gasolina no país caiu 1,8% em relação à semana anterior, para uma média de 5,40 reais, após três quedas consecutivas em preços nas refinarias cobrados pela Petrobras.

A menos de dois meses das eleições presidenciais, a inflação é uma questão chave na disputa entre os candidatos e, principalmente, na campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro que durante seu mandato viu o poder aquisitivo da população encolher com a alta dos preços. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que atingiu 12,13% em abril, vem caindo desde então e atingiu 10,07% em julho, mesmo patamar de dezembro de 2021. Ainda assim, os números continuam elevadíssimos e muito acima da meta de 5% do Banco Central para 2022.

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