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Petrobras reduz preço da gasolina pela 2ª vez em menos de 10 dias

Valor nas refinarias ficará 3,88% menor a partir desta sexta-feira; decisão leva em conta a política de paridade de preço, com a estabilização do petróleo

Por Larissa Quintino Atualizado em 28 jul 2022, 14h58 - Publicado em 28 jul 2022, 12h50

A Petrobras anunciou nesta quinta-feira, 28, uma nova redução no preço da gasolina. A partir de sexta-feira 29, o preço dos produtos na refinaria ficará 15 centavos mais barato. O litro passa de 3,86 reais para 3,71 reais, uma redução de 3,88%. Esta é a segunda queda no preço da gasolina em menos de dez dias, já que no dia 20 o combustível caiu 4,92%. Assim como no anúncio anterior, não há alteração no valor do diesel.

A queda dos preços da gasolina acompanha o movimento do barril de petróleo no mercado internacional, devido à política de paridade de preço internacional — o PPI –, tão criticada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) quando a política de preços resultava em combustível mais caro. Negociado na casa dos 106 dólares nesta quinta-feira, o barril de petróleo chegou a ser cotado a 140 dólares este ano, no início do conflito entre Rússia e Ucrânia. Apesar de a guerra entre os dois países do Leste Europeu ainda continuar, o risco de recessão global e a desaceleração de grandes economias (como a queda do PIB dos EUA) fizeram diminuir a demanda por petróleo. Além do valor do barril, a política de preços também leva em consideração a cotação do dólar. “Essa redução acompanha a evolução dos preços de referência, que se estabilizaram em patamar inferior para a gasolina, e é coerente com a prática de preços da Petrobras”, afirma o comunicado da petroleira.

A nova queda nas refinarias pode influenciar ainda mais a desaceleração da inflação. Na prévia de julho, a inflação ficou em 0,13%, puxada principalmente pela queda do preço da gasolina ocasionada pela redução do ICMS nos estados. O índice de preços não pegou a variação com a queda dos preços nas refinarias. Como o grupo de transportes é o que tem mais peso no IPCA, a redução dos combustíveis influencia a desaceleração do indicador. A redução da inflação e o impacto dela na popularidade do presidente Jair Bolsonaro (PL), em sua busca pela reeleição, motivaram a articulação do projeto do ICMS e as seguidas trocas no comando da estatal.

Esse é o segundo reajuste no preço dos combustíveis desde que Caio Mario Paes de Andrade assumiu a presidência da estatal — e o segundo para baixo. Ex-secretário do Ministério da Economia e próximo a Paulo Guedes, ele é o terceiro presidente da Petrobras no ano (e o quarto durante o mandato de Bolsonaro). Assim como na decisão passada, tomada pela diretoria executiva da petroleira, o anúncio vem com um recado com um tom apaziguador entre a estatal e o que deseja o Planalto. Em nota, a empresa afirma que “busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”.

Preços

Vale lembrar que a política de paridade de preço está em vigor desde 2016. Em reunião na última quarta-feira, 27, o conselho de administração da Petrobras decidiu manter sob responsabilidade da diretoria executiva da estatal as decisões sobre a política de preços de combustíveis. Havia uma possibilidade de alteração no processo, que poderia passar a ser definido pelo próprio corpo de conselheiros. A cada três meses, no entanto, a diretoria deve reportar ao conselho “a evolução dos preços praticados” e a participação da Petrobras no mercado. A decisão vale para o diesel, a gasolina e o gás de cozinha.

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