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Petrobras nega recebimento de proposta para mudar política de preços

Ministro de Minas e Energia afirmou que estatal irá alterar PPI e levará em consideração mercado interno; papéis da estatal se recuperam

Por Larissa Quintino Atualizado em 6 abr 2023, 06h26 - Publicado em 5 abr 2023, 16h04

A Petrobras disse nesta quarta-feira, 5, que não recebeu proposta do Ministério das Minas e Energia (MME) para alteração no preço dos combustíveis. O comunicado ao mercado foi feito em resposta ao titular da pasta, Alexandre Silveira, que afirmou que haverá mudanças na política de preços da companhia.

Em entrevista a GloboNews na tarde dessa quarta, Silveira afirmou que o ministério enviou a Petrobras diretrizes para basear o preço dos combustíveis no mercado interno e não no exterior, como é a política em vigência atualmente. Segundo Silveira, isso poderia reduzir o custo do diesel. “O tal PPI [Preço por Paridade de Importação] é um verdadeiro absurdo. Nós temos que ter o que eu tenho chamado de PCI, Preço de Competitividade Interno”, afirmou o ministro. 

Em nota a investidores, Petrobras disse que “quaisquer propostas de alteração da Política de Preços recebidas do acionista controlador serão comunicadas oportunamente ao mercado, e conduzidas pelos mecanismos habituais de governança interna da companhia”. Após a entrevista do ministro, os papéis da companhia (PETR3, PETR4) chegaram a cair 4%, mas se recuperaram nesta tarde. Por volta de 16h, as ações subiam 0,29% e 0,41%, respectivamente. 

“A companhia reitera que ajustes de preços de produtos são realizados no curso normal de seus negócios, em razão do contínuo monitoramento dos mercados, o que compreende, dentre outros procedimentos, a análise diária do comportamento de nossos preços relativamente às cotações internacionais, o seu market share, dentre outras variáveis”, completou e empresa, afirmando ter compromisso com a “prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado nacional”.

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Desde 2016, a Petrobras utiliza a paridade de preço internacional para a formação dos preços do diesel, gasolina e e gás de cozinha. Entre as variáveis estão o câmbio e a variação do barril de petróleo. Este último, aliás, subiu 6% na última segunda-feira após a decisão da Opep de cortar a produção global da commodity. Segundo a Abicom, associação de importadores de combustível, o diesel está 2% mais caro no mercado interno que o preço internacional. Já a gasolina, é comercializada 5% abaixo da paridade internacional nessa quarta-feira.

Desde que foram adotadas, as atuais diretrizes para definição de preços nas refinarias são alvo de polêmica. No governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), três presidentes da Petrobras foram derrubados do cargo por conta da política de preços. Durante a campanha eleitoral, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou duramente o PPI. O presidente da estatal, Jean Paul Prates também é crítico da política de preço. “Paridade de importação não é o preço que a Petrobras deve praticar. Ponto”, declarou o presidente da estatal em março.

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