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Petrobras cai mais de 12% no pré-mercado após balanço

Abertura de mercado: Petroleira divulgou resultados na quinta; queda do lucro e, principalmente, corte de dividendos extras, preocupam mercado

Por Tássia Kastner
Atualizado em 8 Maio 2024, 12h33 - Publicado em 8 mar 2024, 08h53

A sexta-feira será pesada na Faria Lima. A Petrobras começa esta manhã em queda de 12,77% na bolsa de Nova York (por volta das 8h53 em Brasília), contratando um massacre na B3. E como a estatal é a principal empresa do Ibovespa, fica difícil antever um cenário em que o índice brasileiro conseguirá avançar. O EWZ recua quase 2%.

Na noite de ontem, a petroleira anunciou ter fechado 2023 com um lucro de 124,6 bilhões de reais. É o segundo maior resultado da história da companhia, que só perde para o recorde de 2022. Ainda assim, trata-se de uma queda anual de 33,8%.

O tombo era esperado: as principais petroleiras do mundo bateram recordes em 2022, quando o preço do barril superou os 120 dólares, isso após a invasão da Ucrânia pela Rússia. No ano passado, as cotações cederam para abaixo dos 100 dólares, explicando os resultados mais fracos das companhias.

A queda no lucro da Petro nem foi dos maiores e não é o que está por trás do derretimento das ações em Nova York. A chave está nos dividendos.

No fechamento do ano, a Petrobras terá distribuído 72,4 bilhões de reais aos acionistas, 66% menos que a bolada de 215,7 bilhões de reais. A companhia já havia sinalizado que pretendia reter uma parte do lucro para retormar investimentos, o que coincide com a mudança de governo.

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No fim de fevereiro, o presidente da estatal, Jean Paul Prates, chegou a indicar em entrevista à Bloomberg a possibilidade de que os pagamentos extraordinários – que vão além do que está escrito na política de remuneração a acionistas – não deveriam ocorrer. Ontem, a Petrobras confirmou essa decisão, frustrando acionistas ávidos pelos pagamentos.

A expectativa tem um papel importante aqui, porque mesmo apesar do aviso do CEO da empresa, bancos e corretoras, como XP, Itaú BBA e Goldman Sachs, continuavam apostando que haveria o pagamento de dividendos extraordinários, ainda que em menor volume quando comparado à era Bolsonaro.

Sob o governo Lula, a Petrobras pretende retomar investimentos, mas não é só isso o que diferencia o tamanho dos dividendos. A União é a maior acionista da empresa e cada vez que a estatal paga proventos, reforça o caixa do governo. Em 2022, ano eleitoral, Bolsonaro usou os proventos da companhia para pagar as medidas implementadas para arrebanhar votos e tentar a reeleição.

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A atual gestão está sob pressão para a entregar um déficit fiscal zero, o que poderia estimular o uso da Petrobras com a mesma finalidade. Por outro lado, dados de arrecadação forte têm dado maior tranquilidade ao governo.

Os executivos da Petrobras falam ao mercado a partir das 10h30.

O mundo lá fora tampouco deve ajudar a bolsa brasileira. As ações globais operam sem direção clara, isso após o embalo dado ontem por Jerome Powell. Em seu depoimento ao Senado americano, Powell afirmou que o corte de juros depende da confiança no controle da inflação, e que ele e seus colegas não estão distantes desse cenário. Ao menos uma notícia boa para o mercado.

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Agenda do dia

09h: BC divulga saldo da poupança em fevereiro
10h30: EUA publicam Payroll de fevereiro
10h30: Petrobras realiza teleconferência sobre resultados do 4º  trimestre
22h30: China divulga inflação de fevereiro

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