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Petrobras busca sócios estrangeiros para tocar projetos parados

Investidores chineses já demonstraram interesse em continuar com as obras de duas fábricas e do Comperj - empreendimentos estavam sendo construídos por empresas investigadas na Lava Jato

Por Da Redação
5 ago 2015, 10h05

A Petrobras busca sócios para assumir investimentos em duas fábricas que foram adiadas no seu plano de negócios. Na lista de ativos que dependem de parcerias estão a Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN-III), em Três Lagoas (MS), e a UFN V, voltada para a fabricação de amônia, em Uberaba (MG).

Os dois projetos estão com as obras suspensas e estão sendo negociados com investidores estrangeiros, segundo fontes próximas à negociação. Investidores chineses já teriam demonstrado interesse nos projetos, assim como na conclusão do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), alvo de investigação na Operação Lava Jato.

A Petrobras confirmou a retirada dos três projetos de seu portfólio no horizonte de 2019, na divulgação de seu plano de negócio. Além do Comperj, as obras das demais unidades foram contratadas com empresas investigadas na Lava Jato. Quatro empresas responsáveis pelos contratos estão suspensas de novos negócios com a estatal.

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As obras da UFN-III, em Três Lagoas, foram suspensas em dezembro, quando a estatal rompeu o contrato com o consórcio formado pelas empresas Sinopec e Galvão Engenharia, que figuram na lista de companhias suspeitas de integrar o cartel que atuou no petrolão. Com 80% de avanço físico, a paralisação foi justificada por descumprimento das cláusulas contratuais. O projeto, destinado à produção de ureia e amônia, foi orçado em 4 bilhões de reais.

Em nota, a Petrobras confirmou que busca a conclusão da unidade com “uma reestruturação do negócio que não onere a companhia”. A estatal avalia que “o mercado nacional de fertilizantes apresentou um recuo na demanda por amônia”, também principal produto que seria fabricado na UFN-V, de Uberaba. A unidade, com 30% de avanço nas obras, entrou em “hibernação”.

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“A Petrobras entende que, atualmente, o investimento na construção desse projeto, com base na relação custo-benefício, não se mostra adequado em comparação a outros negócios da companhia”, informou, em nota. A empresa também atribui a suspensão do projeto a divergências contratuais com a Gasmig, distribuidora de gás natural controlada pelo governo mineiro, responsável pela construção de um gasoduto para abastecer a unidade.

A unidade mineira integra o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) e tinha conclusão prevista para 2017, com orçamento de 2,09 bilhões de reais. A obra foi contratada com as empresas Toyo e Setal Óleo e Gás, também investigadas pela Operação Lava Jato.

A presidente Dilma Rousseff e a ex-presidente da estatal, Graça Foster, participaram do lançamento da pedra fundamental do projeto, descrito por Graça como um modelo para futuras licitações da Petrobrás.

No caso do Comperj, o governo trabalha com o prazo de 2022 para a conclusão de todo o complexo. O tema foi novamente discutido pelo Conselho de Administração da estatal no último encontro. A diretoria reforçou que só concluirá a obra com sócios, e que já haveria dois grupos interessados – com investidores chineses e europeus. Mas uma definição só deve ocorrer no próximo ano. Uma das opções em análise é que a parceria tenha contrapartida com oferta de óleo.

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(Com Estadão Conteúdo)

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