Pedidos de auxílio-desemprego nos EUA caem para 220 mil
O resultado mostra uma leve desaceleração em relação à semana anterior (222 mil) e ficou abaixo da expectativa do mercado, que previa 225 mil novos pedidos

O mercado de trabalho dos Estados Unidos continua a demonstrar resiliência, mesmo diante de ventos contrários. Na semana encerrada em 8 de março, os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 2.000, atingindo 220.000, segundo o Departamento do Trabalho. O número ficou abaixo das expectativas dos economistas consultados pela Reuters, que projetavam 225.000 novas solicitações. Apesar da leve queda, os números sugerem que o emprego segue robusto, ainda que alguns sinais de desaceleração possam estar surgindo no horizonte.
O resultado reflete uma leve desaceleração em relação à semana anterior, quando o total de pedidos foi revisado para 222.000. A queda também se manifesta nos pedidos continuados, que registraram 1,870 milhão na semana encerrada em 1º de março — uma diminuição de 27.000 em relação ao período anterior. A média móvel de quatro semanas, contudo, subiu ligeiramente para 1,872 milhão.
No entanto, um cenário de incertezas começa a pairar sobre a economia americana, especialmente devido às políticas tarifárias de Donald Trump. O ambiente de incerteza gerado por tais políticas pode, em última instância, minar a confiança de empresas e trabalhadores, repercutindo nos dados de emprego. A verdadeira questão agora é até que ponto o mercado de trabalho americano pode continuar a absorver essas mudanças sem sofrer abalos significativos. Para o banco central americano, o Fed, a tarefa de equilibrar a robustez do emprego com o controle da inflação continua sendo uma dança delicada — e o resultado dessa coreografia econômica será crucial para o futuro da economia dos Estados Unidos.