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Páscoa: conheça 10 curiosidades sobre o chocolate

O Brasil tem uma infinidade de variedades nativas de cacau, além daquelas cultivadas no mundo todo. Cada uma se diferencia por aromas e sabores únicos

Por Lívia Andrade
Atualizado em 27 mar 2018, 08h48 - Publicado em 27 mar 2018, 08h48

A Páscoa deste ano será celebrada no domingo, dia 1º de abril. Um dos símbolos da festa é o chocolate. Veja abaixo 10 curiosidades sobre o produto.

Do fruto para a indústria

O chocolate é feito a partir das sementes ou amêndoas do cacau. O fruto tem a forma de uma bola de futebol americano e costuma ter entre 20 e 40 sementes envoltas numa polpa branca. Quando sua casca fica amarela, ele está maduro e é aberto para a retirada das amêndoas que seguem para dornas de fermentação e, na sequência, para secagem. Só então as amêndoas vão para indústria moageira, que as prensa para a extração da manteiga de cacau e da massa de cacau, matérias-primas para a fabricação do chocolate.

Páscoa Chocolate Raro
Do fruto para a indústria (Mariana Eller/.)

Chocolate branco

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Muitos dizem que chocolate branco não existe, mas depende da interpretação. Aqueles que defendem essa tese afirmam que os produtos disponíveis nos supermercados são feitos com manteiga de cacau, leite e açúcar. Portanto, não poderiam ser considerados “chocolates” por não conter os dois ingredientes provenientes da prensagem da amêndoa do cacau: a gordura (manteiga de cacau) e a parte sólida (massa de cacau). Já os defensores argumentam que a manteiga é o subproduto mais caro do processo e que não há justificativa para essa polêmica.

Energético Natural

Quando os espanhóis chegaram ao México notaram que os astecas e maias tomavam um líquido frio, escuro e de gosto amargo, que lhes dava muita disposição e energia para caminhar. A tal bebida alcoólica era feita a partir da fermentação dos açúcares contidos na polpa que envolve as sementes do cacau, fruto considerado sagrado pelos índios. A poção, também considerada afrodisíaca, era consumida tanto na vida cotidiana quanto em cerimônias religiosas.

Páscoa Chocolate Raro
Um energético natural (Mariana Eller/.)

Chocolate ruby

Lançado ano passado pela belga Barry Callebaut, trata-se de um chocolate naturalmente rosado feito a partir de uma variedade de cacau chamada Ruby. A cor é obtida quando a amêndoa é processada de uma determinada maneira, sistema mantido a sete chaves pela empresa. O sabor e é bastante peculiar, lembra frutas vermelhas e não é nada parecido com os chocolates convencionais: não tem gosto amargo, nem leitoso ou doce.

Páscoa Chocolate Raro
Chocolate ruby (Mariana Eller/.)

Preservação ambiental

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A produção de cacau, matéria-prima do chocolate, é responsável pelo remanescente de Mata Atlântica existente no Sul da Bahia. Na região, o fruto é plantado no sistema cabruca, ou seja, em consórcio com a Mata Atlântica, o que garante o sombreamento do cacaueiro e a longevidade da lavoura. Se não fosse o plantio do cacau, provavelmente a mata nativa teria sido derrubada e a área convertida em pastagem.

Chocolates varietais

O Brasil tem uma infinidade de variedades nativas de cacau, além daquelas cultivadas no mundo todo. Cada uma se diferencia por aromas e sabores únicos. O problema é que poucos conseguem degustar chocolates varietais nacionais. Isso porque a indústria moageira compra diversas variedades de cacau e as processa todas juntas. Mas o potencial dos chocolates varietais é o mesmo dos vinhos varietais: vinho carbenet sauvignon,  tannat, malbec, entre outros.

Obra de arte

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Cada vez mais, a qualidade da matéria-prima tem sido valorizada pelos chocolatiers. No Brasil, um exemplo é a Samantha Aquim, proprietária da loja Chocolate Q, no Rio de Janeiro. A chef garimpa o que há de melhor em território nacional para confeccionar seus produtos; alguns comercializados como obra de arte em caixas numeradas e limitadas. O destaque é a coleção Q0, chocolates feitos com cacau especial e moldados numa forma desenhada por Oscar Niemeyer.

Páscoa Chocolate Raro
Obra de arte (Mariana Eller/.)

Chocolate de origem

O Brasil tem duas regiões com Indicação de Procedência (IP) do Cacau: Linhares, no Espírito Santo, e o Sul da Bahia. O registro foi concedido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) e chancela, a partir de entrevistas e documentos históricos, que essas localidades têm tradição no cultivo de cacau. O próximo passo é conquistar a Denominação de Origem, também emitida pelo INPI, que certifica que o local – além de ser conhecido pela produção do fruto – tem um terroir (peculiaridades de solo, clima e temperatura) que dão ao produto características específicas não encontradas em outros lugares. O título pode projetar o chocolate dessas regiões, tal como aconteceu com o vinho de Champanhe, na França.

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Amigo do coração

Pesquisas cientificam comprovaram que o consumo diário de 40 gramas de chocolate amargo ajuda na proteção do coração. O produto é rico em flavonóides, substâncias que provocam a queda da pressão arterial e previnem o cérebro da ação de radicais livres, moléculas que causam o envelhecimento. A ingestão de chocolate desperta a sensação de bem-estar, a mesma vivenciada por quem está apaixonado. Isso porque ele aciona neurotransmissores (dopamina e serotonina) do circuito do prazer.

Chocolate raro

O Brasil tem uma variedade de cacau chamada Catongo Branco, que possui a amêndoa branca por não conter a antocianina, substância responsável pela coloração escura. Trata-se de um cacau singular, com notas de noz, usado por grandes chocolatiers do mundo. Entre eles, o chef Alain Ducasse, proprietário da Le Chocolat, a meca do chocolate na França. Os produtos feitos com essa matéria-prima têm baixa acidez e uma cor mais clara, que remete ao tom caramelo.

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Páscoa Chocolate Raro
Chocolate raro (Mariana Eller/.)

 

 

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