Para segurar a alta do dólar, Banco Central vende US$ 4,6 bilhões
Nesta segunda-feira, o BC realizou dois leilões: um com 1,6 bilhão de dólares à vista e um de 3 bilhões de dólares com compromisso de recompra

Para conter a alta do dólar, o Banco Central vendeu 4,6 bilhões de dólares em leilões, com 1,6 bilhão de dólares à vista e 3 bilhões de dólares com compromisso de recompra. É a maior intervenção do BC, desde 2020 e o terceiro leilão consecutivo
Foram aceitas 18 propostas em seu leilão para venda de dólares à vista, totalizando 1,627 bilhão de dólares. De acordo com o Departamento de Reservas Internacionais (Depin), a taxa de corte definida foi de US$ 6,01.
Paralelamente, o BC realizou uma operação de venda com compromisso de recompra, conhecida como leilão de linha, entre 10h20 e 10h25. Nessa modalidade, foram aceitas seis propostas, movimentando 3 bilhões de dólares a uma taxa de corte de 6,0357%. O prazo para recompra dos valores foi estabelecido para 6 de março de 2025.
O dólar voltou a subir nesta segunda-feira, 16, registrando mais recorde. Moeda encerrou o pregão sendo vendida a 6,09 reais. Na última sexta-feira, o dólar havia recuado após o Banco Central realizar um leilão cambial. Hoje, o BC realizou o terceiro leilão consecutivo de compra de dólares, tentando conter a alta da moeda.
No entanto, o dólar segue pressionado pelas incertezas fiscais, principalmente em função das preocupações com a possível desidratação do pacote fiscal do governo no Congresso Nacional. Além disso, o cenário externo adiciona mais pressão, com a expectativa de decisões importantes nesta semana, incluindo a última reunião do ano do Federal Reserve, nos Estados Unidos, que definirá a política de juros.