Para petroleiros, escolha de Monteiro é mais do mesmo para a Petrobras
Petroleiros temem que substituto de Parente mantenha a política de preços baseada no mercado internacional
A decisão do conselho de administração de escolher Ivan Monteiro interinamente para a presidência da Petrobras não agradou os petroleiros. A categoria entrou em greve na quarta-feira pedindo a saída de Pedro Parente da saída da Petrobras e mudanças na política de preços de combustíveis da estatal – que se baseia na cotação do mercado internacional.
Rafael Prado, diretor da Federação Nacional Petroleiros (FNP), diz que Monteiro chegou à Petrobras pelas mãos de Aldemir Bendine, ex-presidente da estatal que está preso hoje.
“O conselho agiu rapidamente, mostrando unidade em torno da atual política de preços da estatal. Mas a sociedade já deixou claro que não aceita mais isso e a crise vai continuar caso o governo insista em manter essa política de preços.”
José Maria Rangel, coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), afirma que a entidade só pode avaliar a escolha depois de descobrir qual será a linha que o executivo adotará. “Se ele continuar a política do Pedro Parente, será mais do mesmo. E isso não resolve.”
Para o professor da Fundação Getulio Vargas Roberto Castello Branco, Monteiro é um bom nome para ocupar o cargo. “Ele é um profissional dedicado. Mas é um funcionário público e a tendência é obedecer fielmente ao governo.”
Ex-funcionário do Banco do Brasil, Monteiro já ocupou os cargos de diretor comercial da instituição, vice-presidente do BB Banco de Investimentos e vice-presidente de finanças.
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