Operação combate quadrilha especializada em crimes cibernéticos
Em um dos golpes, o grupo conseguia roubar até 500.000 reais por meio de contato telefônico e roubo de dados pessoais
A Polícia Civil do Rio de Janeiro está cumprindo nesta segunda-feira mandados de prisão contra 45 pessoas acusadas de integrar uma quadrilha nacional especializada em crimes cibernéticos e lavagem de dinheiro.
Segundo a denúncia do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), o principal golpe era conhecido como ‘trampo físico’. Os criminosos enviavam spam por e-mail ou SMS para milhares de pessoas de forma aleatória. Na mensagem, eles fingiam ser instituições bancárias e alertavam sobre a necessidade de atualização de segurança da conta, com a indicação de um link de acesso.
Ao clicar no site, a vítima era direcionada a sites com programas maliciosos que conseguiam capturar informações de contas e senhas – assim, eles conseguiam realizar o saques fraudulentos.
Em outro golpe, a quadrilha conseguia roubar até 500.000 reais. Um dos criminosos ligava para as potenciais vítimas e dizia trabalhar em uma instituição bancária para obter dados pessoais dos correntistas. De acordo com o MPRJ, a quadrilha enganava até mesmo funcionários do setor financeiro.
Os mandados estão sendo cumpridos nos estados de São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Santa Catarina, Bahia e Rio de Janeiro. Ao todo, 237 pessoas estão sendo denunciadas. É a segunda fase da operação Open Doors, deflagrada em 9 de agosto de 2017 – na ocasião, a polícia prendeu criminosos do núcleo operacional, conhecidos como os ‘cabeças’, ‘aliciadores’ e ‘laranjas’ do esquema.
Nesta nova etapa, são acusados os ‘cérebros’ da organização, aqueles que têm o domínio sobre os crimes. A estimativa do MPRJ é de que, entre 2016 a 2017, mais de 30 milhões de reais tenham sido subtraídos pelo grupo.