Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

OIT alerta para ameaça à política de combate ao trabalho escravo

Para a OIT, seria lamentável se o país recuasse em sua política de proteção aos direitos dos trabalhadores

Por Da Redação
Atualizado em 19 out 2017, 13h27 - Publicado em 19 out 2017, 13h24

O Organização Internacional do Trabalho (OIT) fez um alerta sobre a ameaça às políticas de combate ao trabalho escravo no Brasil. Portaria publicada na segunda-feira pelo Ministério do Trabalho dificulta a punição das empresas que submetem seus trabalhadores a condições análogas à escravidão.

A organização afirma que o Brasil agora corre o risco de interromper a trajetória de 20 anos de sucesso no combate ao trabalho escravo, que o tornou um modelo de liderança no mundo.

“A gravidade da situação está no possível enfraquecimento e limitação da efetiva atuação da fiscalização do trabalho, com o consequente aumento da desproteção e vulnerabilidade de uma parcela da população brasileira já muito fragilizada”, diz a nota publicada hoje.

A OIT diz ainda que seria lamentável se o país recuasse em sua política de proteção aos direitos dos trabalhadores. “A tendência global claramente aponta para esta direção e seria lamentável ver o país recuar com relação aos instrumentos já estabelecidos, sem substitui-los ou complementá-los por outros que tenham o objetivo de trazer ainda mais proteção aos trabalhadores e trabalhadoras, garantindo assim o respeito à dignidade da pessoa humana.”

Entidades de direitos humanos e instituições se manifestaram contra a portaria. A ONG Conectas Direitos Humanos e a Comissão Pastoral da Terra enviaram um apelo para a Organização das Nações Unidas (ONU) contra a portaria do Ministério do Trabalho. Para as entidades, a portaria ‘pode ser considerada o ataque mais violento já feito contra o sistema de luta contra o trabalho escravo no Brasil’.

Continua após a publicidade

O Ministério Público Federal e o Ministério Público do Trabalho também encaminharam ao Ministério do Trabalho uma recomendação de revogação da portaria ‘por vício de ilegalidade’.  Até a Secretaria de Inspeção do Trabalho divulgou memorando pedindo a revogação da portaria

As críticas ganharam o apoio da classe artística. O cantor Caetano Veloso compartilhou a postagem da 342 Artes: “Temer passou dos limites. Para se manter no poder e fugir de mais uma denúncia, vai autorizar a volta do trabalho escravo”, diz a postagem.

O cantor Diogo Nogueira e as atrizes Alinne Moraes, Alessandra Negrini e Leticia Sabatella também postaram variações da mesma mensagem crítica à portaria.

O Ministério do Trabalho afirma que a portaria “aprimora e dá segurança jurídica à atuação do Estado brasileiro, ao dispor sobre os conceitos de trabalho forçado, jornada exaustiva e condições análogas à de escravo, para fins de concessão de seguro-desemprego ao trabalhador que vier a ser resgatado em fiscalização promovida por auditores fiscais do trabalho, bem como para inclusão do nome de empregadores no Cadastro de Empregadores que tenham submetido trabalhadores à condição análoga à de escravo”.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.