Oi lucra R$ 262 mi no 1º tri, 41% menos do que em 2012
Companhia explica que resultado do ano passado leva em conta um período em que sua reorganização societária ainda não havia sido feita
A Oi registrou lucro líquido consolidado de 262 milhões de reais no primeiro trimestre de 2013, queda de 41% na comparação pro-forma com igual período de 2012, quando se deu a reorganização societária do grupo. A companhia ressalta, na apresentação dos resultados, que o lucro líquido de janeiro a março do ano passado refere-se a um mês de resultados da Oi S.A e a dois meses do resultado da antiga Brasil Telecom.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), no primeiro trimestre deste ano, medidor da geração de caixa da companhia, foi de 2,151 bilhões de reais, aumento de 6,6% ante igual intervalo de 2012. A margem Ebitda foi de 30,5% de janeiro a março de 2013, avanço de 0,8 ponto porcentual (p.p.) na mesma base de comparação. A receita líquida da companhia foi de 7,041 bilhões de reais no primeiro trimestre deste ano, crescimento de 3,5% sobre o mesmo período de 2012.
A operadora destacou o aumento da rentabilidade operacional no primeiro trimestre, impulsionado por maiores receitas e controle de custos. “Importante destacar que o desempenho do primeiro trimestre está alinhado com as estimativas internas e com o guidance apresentado para 2013”, afirma empresa.
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A operadora de telefonia encerrou o primeiro trimestre do ano com uma relação entre a dívida líquida e o Ebitda de 3,05 vezes, pouco acima do limite de 3 vezes imposto pelo conselho de administração da empresa para o pagamento de dividendos.
Sua dívida líquida atingiu 27,495 bilhões de reais ao final do primeiro trimestre, alta de 63,3%. O caixa disponível terminou o período em 6,058 bilhões de reais, uma queda de 62%. Estes aumentos, porém, sofrem influência da reestruturação societária.
“É fundamental ressaltar, porém, que tanto a companhia como seu conselho estão comprometidos em manter a política de remuneração aos acionistas”, afirmou a empresa, em comunicado. A empresa informou ainda que espera vender ativos não estratégicos nos próximos trimestre, o que deve “trazer a relação dívida líquida/Ebitda para abaixo deste limite no curto prazo.”
A empresa reafirmou, com base nos resultados do primeiro trimestre, as metas (guidance) de crescimento de unidades geradoras de receitas (UGR’s), receita de serviços e Ebitda para o ano de 2013. Para os investimentos, a empresa mantém a projeção de 6 bilhões de reais. No primeiro trimestre, a empresa contabilizou a antecipação de investimentos, que somaram 1,7 bilhão de reais, mas manteve inalterada a meta.
Receita por usuário – Ainda em seu balanço, a Oi explicou que a redução da tarifa de interconexão (VU-M), imposta pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), contribuiu para a queda de 3,8% da receita média por usuário da Oi em telefonia móvel no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2012, que somou 20,5 reais.
A redução do VU-M foi compensada pelo crescimento de clientes pré-pagos e aumento da atividade da base pós-paga. A empresa ponderou que este efeito foi minimizado pelo fato de a diminuição das tarifas de interconexão também reduzir os custos das ligações entre a telefonia fixa e a móvel, beneficiando o resultado o consolidado.
Segundo a empresa, o foco vai seguir no crescimento em mercados de “alto valor”, sustentado pela crescente “capilaridade de canais de vendas, planos simplificados, descontos nos aparelhos e expansão da cobertura 3G.”
4G – Em relação à cobertura 4G, a Oi reafirmou que avançou na implantação e expansão da rede nas seis cidades-sede da Copa das Confederações (Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Recife e Fortaleza), precedida por uma série de testes pontuais e demonstrações públicas da tecnologia.
(com Estadão Conteúdo)