Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Ofertas iniciais da Pfizer previam 18,5 mi de doses até junho de 2021

Empresa fez três ofertas em agosto, e não obteve respostas do governo; segundo ele, a segurança-jurídica para o contrato foi atingida em março deste ano

Por Rafael Bolsoni, Larissa Quintino
Atualizado em 13 Maio 2021, 16h27 - Publicado em 13 Maio 2021, 13h22

O gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, detalhou à CPI da Pandemia, nesta quinta-feira, 13, as ofertas ao Brasil da vacina da empresa, desenvolvida em parceria com a companhia alemã BioNTech. Segundo ele, caso a proposta feita em agosto do ano passado tivesse sido aceita, o cronograma da companhia se propunha a entregar 18,5 milhões de doses até o final do segundo trimestre de 2021. Pelo contrato firmado com governo federal, assinado em 19 de março deste ano, a previsão é que a farmacêutica disponibilize 14 milhões de unidades até o fim de junho. Até agora, pouco mais de 2,2 milhões de doses do imunizante foram entregues ao país.

Perguntas sobre o detalhamento de vacinas e estimativa de entrega de doses foram objeto de pergunta do relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), e do senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da comissão. “São respostas fundamentais para esta comissão”, enfatizou Aziz.

Em questionamento feito pelo senador Marcos Rogério (DEM-RO), sobre cláusulas jurídicas do acordo, Murillo afirmou que houve segurança jurídica para a assinatura do contrato com o governo brasileiro em março deste ano, após a promulgação da lei 14.125, pela qual os estados, o Distrito Federal e os municípios estão autorizados a adquirir vacinas contra a Covid-19 e assumir a responsabilidade civil em relação a efeitos adversos pós-vacinação. “Eu não posso assegurar que a vacinação começaria neste ano (2020) porque o contrato é uma parte e tínhamos que ter outras condições, entre elas a regulatória. O que posso afirmar com certeza é nossa oferta”, disse a se referir às propostas feitas, que entregariam até 1,5 milhão de doses ao Brasil ainda em dezembro.

Negociações

De acordo com Murillo, as primeiras reuniões com o governo brasileiro ocorreram nos meses de maio de junho de 2020. Como resultado das conversas iniciais, em que a farmacêutica americana compartilhou o status de desenvolvimento da vacina, a Pfizer forneceu ao Ministério da Saúde, no dia 16 de julho, uma expressão de interesse. No documento, a empresa resumia as condições do processo de disponibilização do imunizante em curso com os demais países com os quais negociava. O executivo afirmou que desde o começo da pandemia a farmacêutica procurou oferecer acesso equitativo e justo de sua vacina para todos os países.

A primeira oferta do Pfizer ao Brasil foi feita no dia 14 de agosto. Nela, a fabricante ofereceu o fornecimento de 30 milhões de doses ou 70 milhões de doses. Houve ofertas feitas também nos dias 18 e 26 de agosto. A oferta de 70 milhões do dia 26 previa 1,5 milhão de doses em 2020, 3 milhões no 1º trimestre de 2021,  14 milhões no 2º trimestre, 26,5 milhões no 3º trimestre e 25 milhões no 4º trimestre. O governo não respondeu à proposta vinculante, com validade de 15 dias. A oferta, não foi respondida pelo governo.

Continua após a publicidade

As tratativas continuaram. Em novembro, a Pfizer atualizou sua oferta. Nos dias 11 e 24 deste mês, a empresa ofereceu 70 milhões de doses ao governo brasileiro, mais uma vez sem retorno. No dia 15 de fevereiro de 2021, a farmacêutica fez novo contato, por meio do qual se propunha a entregar 100 milhões de doses este ano: 8,7 milhões no segundo trimestre, 32 milhões no terceiro e 59 milhões no quarto. No dia 8 de março, a Pfizer voltou a oferecer ao Brasil 100 milhões de doses, sendo 13,5 milhões para o segundo trimestre. O contrato foi assinado no dia 19 do mesmo mês. Um novo acordo, apresentado no dia 23 de abril, está prestes a ser fechado com a fabricante: serão mais 100 milhões de doses adicionais ao Brasil, para o último trimestre deste ano.

No depoimento, Murillo esclareceu que a empresa negociava com o Ministério da Saúde os detalhes do contrato, por intermédio de Elcio Franco, coronel do Exército e ex-secretário executivo da pasta. As conversas com Fabio Wajngarten aconteceram a partir de novembro, após o então secretário da Secom procurar a sede da empresa americana para esclarecer sobre as negociações. Wajngarten, de acordo com o executivo, nunca foi responsável por termos do contrato.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.