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O truque de Putin para recuperar a moeda russa a níveis pré-guerra

Apesar dos seguidos pacotes de sanções, a dependência da Europa de commodities de energia russas encaminha o rublo para a valorização

Por Larissa Quintino Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 abr 2022, 09h22 - Publicado em 7 abr 2022, 08h52

Os primeiros dias da invasão militar ordenada por Vladimir Putin à Ucrânia tiveram reações imediatas no mercado financeiro russo. A moeda oficial do país, o rublo, derreteu conforme as tropas russas avançavam e aumentavam as sanções ocidentais a bancos, empresas e oligarcas do país de Putin. A moeda, que chegou a valer 140 por cada dólar, estava cotada nesta quinta-feira a 74,26, logo no início das negociações da bolsa de Moscou.

A retomada se deve à dependência dos estrangeiros ao petróleo e ao gás natural russo, que estão sendo negociados justamente na moeda local e a valorizando, independentemente do êxodo de empresas e das medidas para isolar os russos do mercado internacional. Um cálculo feito pela agência Bloomberg aponta que a Rússia deve receber 321 bilhões de dólares com as exportações de energia neste ano, o que representa um terço a mais que em 2021.

Além do decreto para negociar as commodities de energia — como o gás —  em rublo, a Rússia promulgou outras medidas de controle de capital que influenciam nessa recuperação da moeda, como congelar os ativos de investidores não residentes e dizer às empresas russas que convertam 80% das moedas estrangeiras que possuem em rublos. Esses motivos, aliás, fazem com que especialistas questionem o significado da recuperação do rublo para os níveis pré-invasão. Apesar dos questionamentos, as exportações de petróleo, gás e carvão dão à Rússia um superávit em conta corrente, o que tende a elevar a moeda do país e mina a tentativa de isolar a Rússia com pacotes e mais pacotes de sanções. 

Dos países da União Europeia, a Lituânia foi a primeira a reduzir o consumo de gás russo, a ponto de declarar que não depende mais do produto — e busca alternativas com EUA e Noruega. Os EUA suspenderam a importação de petróleo russo — o que fez o barril disparar há duas semanas, apesar do pouco volume vindo dos russos para os americanos. Na quarta-feira, foi a vez de o Reino Unido suspender a importação de energia, anunciando que não comprará mais carvão do país de Putin.

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