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O tipo de investimento que será a ‘locomotiva’ dos fundos em 2025, segundo a Anbima

Segundo Pedro Rudge, diretor da Anbima, fundos de renda fixa vão continuar no foco dos investidores, diante da perspectiva de alta da Selic

Por Juliana Machado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 7 jan 2025, 17h58

Eles foram o grande destaque do mercado de capitais em 2024. Agora, no ano novo, devem continuar com sucesso retumbante. Com uma rentabilidade atraente diante da alta da taxa Selic, os fundos de investimento em renda fixa devem continuar no radar dos investidores neste ano, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

Em coletiva sobre o desempenho da indústria de fundos no ano passado, Pedro Rudge, diretor da Anbima, afirmou que os títulos de dívida privados têm ganhado cada vez mais espaço nas carteiras dos fundos nos últimos anos, como uma resposta dos agentes de mercado ao cenário de juros altos. “Em 2025, devemos continuar nessa direção de a renda fixa ser a grande locomotiva de captação”, afirmou. “Como a taxa Selic deve chegar a até 15% ao ano, conforme muitos economistas preveem, vemos uma manutenção desse comportamento dos investidores nesses produtos conservadores e que estão pagando rentabilidade interessante.”

A Anbima apresentou os dados fechados do ano de 2024, que mostram justamente o tamanho da procura dos investidores por produtos na renda fixa. Entre os fundos dessa classe de ativo, houve captação de R$ 243 bilhões no ano passado, enquanto os multimercados sofreram R$ 356,7 bilhões em resgates. A captação positiva da indústria como um todo em 2024 — de R$ 60,7 bilhões — foi impulsionada justamente pela entrada de recursos nos fundos de renda fixa. A demanda dos fundos por títulos privados também é comprovada pelos números do ano passado: fundos com 50% a 70% de crédito privado na carteira totalizaram R$ 113,3 bilhões em captação líquida até novembro.

Entre os dados apresentados pela Anbima, o investimento internacional também aparece entre os destaques. Segundo a associação, os fundos que investem no exterior tiveram melhor rentabilidade, com retorno superior ao CDI e ao Índice de Hedge Funds Anbima (IHFA) — que reúne o desempenho dos multimercados no Brasil, com e sem crédito privado. Até dezembro, os multimercados do tipo investimento no exterior subiram 11,4%, acima do CDI, de quase 11%.

Conforme Rudge, um ponto relevante para a indústria de fundos é a mudança trazida pela nova legislação em relação à concentração do patrimônio no exterior. Conforme a nova Resolução 175 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), investidores de varejo agora podem acessar produtos do tipo investimento no exterior, antes permitido apenas a investidores com mais de R$ 1 milhão, chamados de investidores qualificados. Com a flexibilização, que pode crescer ainda mais nos próximos anos, até mesmo os multimercados podem ter alguma recuperação.

“Tanto o gestor quanto o investidor entendem que a diversificação geográfica faz toda a diferença. Quanto mais dinâmico o gestor for em oferecer produtos que agregam valor e performance, isso pode ajudar na captação dos multimercados”, disse.

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