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O serviço que salvou os resultados do Google e Microsoft

Apesar de resultados mais fracos, as empresas surpreenderam com a boa performance nos serviços em nuvem e o inesperado dado de venda de anúncios no Google

Por Luana Zanobia Atualizado em 28 jul 2022, 19h39 - Publicado em 27 jul 2022, 14h15

O trimestre não está sendo fácil para as big techs, bastante impactadas pela alta de juros nos Estados Unidos e por um cenário de desaceleração econômica global. Apesar do momento ruim, a Microsoft e Alphabet, dona do Google, continuam sendo das mais resilientes do grupo. Mesmo com resultados mais fracos, elas continuam agradando os investidores e ambas têm o serviço de nuvem como o ponto de destaque em seus resultados.

A Alphabet registrou receita de 69,69 bilhões de dólares no segundo trimestre, em linha com a expectativa do mercado, mas o lucro encolheu para 16 bilhões de dólares, 13,6% abaixo do reportado no mesmo período do ano passado. O lucro por ação baixou de 1,36 dólar para 1,21 dólar na base anual, abaixo também das expectativas do mercado, de 1,28 dólar.

Apesar da queda no lucro, a receita foi 13% maior em relação ao segundo trimestre de 2021, o que é uma boa sinalização para o mercado, que costuma olhar mais para receita e custos do Google do que para o lucro. “Isso mostra o quão robusto é o ecossistema que o Google construiu. Até agora vimos exemplos de empresas americanas de varejo e redes sociais reportando números muito ruins, enquanto Google exibiu uma boa resiliência de sua operação como um todo”, diz Wagner Chavez, sócio e analista de ações da SFA Investimentos.

Na contramão do Google, a Microsoft registrou um ligeiro aumento de ganhos do trimestre. A companhia teve lucro de 16,74 bilhões de dólares, aumento de 1,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. O lucro por ação foi de 2,23 dólares ante 2,17 dólares no trimestre de 2021. Apesar do resultado não ser tão negativo, esse é o menor crescimento de lucros da Microsoft em dois anos, e também veio abaixo da estimativa do mercado de 17,3 bilhões de dólares.

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A receita de 51,87 bilhões de dólares também foi maior que a do ano passado, de 46,15 bilhões de dólares, e acima da expectativa do mercado, de 52,44 bilhões de dólares. Mas sofreu um impacto calculado em 600 milhões de dólares devido ao câmbio. O câmbio foi apontado como um dos impactos na receita de ambas as empresas, que teriam reportado receitas mais gordas se não fosse essa variação, afinal ambas tem forte receita no exterior e, com a valorização do dólar, esses números encolheram.

Apesar de resultados mais fracos, as empresas surpreenderam com o bom desempenho nos serviços em nuvem. A receita do serviço de nuvem do Google foi de 6,27 bilhões de dólares, aumento de 35,6%, e a da Microsoft somou 20,9 bilhões de dólares, alta de 20,3% ante um ano antes. O resultado da venda de anúncios do Google também era um dos mais aguardados pelos investidores e acabou surpreendendo positivamente. O Google reportou 56,288 bilhões de dólares em receita com publicidade, aumento de 11% em relação ao mesmo período do ano anterior. “A empresa apresentou resultados dentro do esperado, e que indicam que a empresa tem muita capacidade de geração de valor e deve estar bem posicionada para enfrentar um eventual momento macro mais difícil”, avalia Chavez.

Diante o cenário contracionista, ambas acumulam queda no preço das ações. Os papéis do Google estão com desvalorização de 27% e as da Microsoft, de 25% no ano. Hoje, após os mercados digerirem os resultados, ambas negociam em alta. As ações do Google estavam com alta de 1,80% e as da Microsoft, de 4,48%, na tarde desta quarta-feira.

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