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O repúdio do setor produtivo brasileiro aos atos terroristas no DF

Febraban, CNI e outras entidades e empresas pedem "punição exemplar" para os manifestantes afirmam que o país precisa de estabilidade para voltar a crescer

Por Larissa Quintino Atualizado em 9 jan 2023, 15h48 - Publicado em 9 jan 2023, 10h44

Enquanto os poderes (literalmente) juntam os cacos e tomam atitudes para identificar e punir participantes dos atos terroristas e antidemocráticos que depredaram patrimônios públicos, entidades que representam o setor produtivo brasileiros condenaram os episódios da véspera e pedem punição exemplar para os manifestantes que participaram e organizaram os atos antidemocráticos e que o país precisa de equilíbrio institucional para voltar aos trilhos do crescimento.

Em nota, a Confederação Nacional das Indústrias (CNI) disse ser “fortemente contrária” a qualquer tipo de manifestação que não respeite o resultado das eleições presidenciais e que instituições precisam voltar a funcionar em sua normalidade para conduzir o Brasil ao caminho do desenvolvimento sustentável. Já a Febraban, federação que representa o sistema bancário brasileiro, afirmou que as cenas causaram “perplexidade” e pede reação firme do Estado. A Natura, gigante brasileira do setor de cosméticos, classificou o ato como “afronta a democracia”.

Confira a seguir o posicionamento das entidades e empresas sobre o tema:

Confederação Nacional da Indústria (CNI)

“A Confederação Nacional da Indústria (CNI) é veementemente contra todo e qualquer tipo de manifestação antidemocrática. Os responsáveis pelos atos terroristas devem ser punidos na forma da lei de maneira exemplar. ‘O Brasil elegeu seu novo presidente da República democraticamente, pelo voto nas urnas. A vontade da maioria do povo brasileiro deve ser respeitada e honrada. Tais atos violentos são manifestações antidemocráticas e ilegítimas que atacam os três Poderes de maneira vil. O governo e as instituições precisam voltar a funcionar dentro da normalidade, pois o Brasil tem um desafio muito grande de voltar a crescer, gerar empregos e riqueza e alcançar maior justiça social’, afirma Robson Braga de Andrade, presidente da CNI.”

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Federação Brasileira de Bancos (Febraban)

“Com mais de meio de século de existência, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), integrante da institucionalidade do País, repudia com veemência as agressões ao patrimônio público nacional e a violência contra as instituições que representam o Estado Democrático de Direito. As cenas de desordem e quebra-quebra perpetradas na tarde deste domingo (8 de janeiro) em Brasília causam profunda perplexidade institucional, que exigem firme reação do Estado”, afirma o posicionamento assinado pelo presidente da entidade, Isaac Sidney.

Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC)

“Em relação à ocupação e depredação das sedes dos três poderes, em Brasília, neste domingo, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) manifesta o seu mais profundo repúdio aos atos antidemocráticos e reafirma o compromisso com os valores do Estado Democrático de Direito. A Confederação confia na apuração e punição dos responsáveis pelos crimes praticados contra a decisão manifesta nas urnas pela sociedade brasileira.”

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Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp)

“Infelizmente, aconteceram os graves eventos que buscávamos prevenir com o ato cívico histórico promovido em 11 de Agosto, no Largo São Francisco, quando diversas entidades da sociedade civil, incluindo a FIESP, subscreveram o documento Em Defesa da Democracia e da Justiça. O Estado de Direito foi ferido. A invasão do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal, neste domingo, por vândalos equiparados a terroristas é consequência dos sólidos antecedentes, não apenas retóricos, que indicavam o desenvolvimento de uma trama com intenções golpistas. O pior aconteceu, e alguns subversivos hostis aos fundamentos do Estado de Direito marcharam sobre a Capital Federal neste domingo com o intuito de provocar, pela força da violência, um golpe contra a Constituição e contra os poderes da República, em suas expressões mais simbólicas e representativas. A resposta de repúdio da sociedade tem de ser contundente, apoiando a aplicação mais severa dos termos da lei aos agressores da democracia e da civilização. Todos, sem exceção, que tomaram parte nesta absurda sedição precisam ser punidos. Como dissemos no documento Em Defesa da Democracia: “A estabilidade democrática, o respeito ao Estado de Direito e o desenvolvimento são condições indispensáveis para o Brasil superar os seus principais desafios”, assina Josué Gomes da Silva, presidente da Fiesp.

Natura

“A Natura repudia os ataques contra as sedes dos Três Poderes, em Brasília. Esses atos criminosos representam uma afronta à democracia brasileira, em uma tentativa de calar as instituições constituídas e silenciar os espaços públicos de diálogo. As cenas a que assistimos neste domingo se opõem a nossas crenças e razão de ser. Somos uma construção coletiva de uma rede enorme de consumidores, consultoras e colaboradores, com posicionamentos políticos e ideológicos plurais, que valoriza a diversidade de ideias e o debate democrático como instrumentos para o progresso da civilização.”

Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit)

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“A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) repudia, veementemente, a invasão e depredação dos prédios públicos em Brasília (DF). É contra qualquer ato de violência e vandalismo que colocam em risco a paz social, princípios da democracia e a ordem pública. A entidade defende o direito à manifestação, mas as pacíficas e evidentemente as que não ferem os princípios democráticos e constitucionais. A Abit endossa o coro legitimo e carregado de bom senso dos que clamam pela reintegração da paz e do equilíbrio para podermos nos concentrar em questões importantes: resgatar o ambiente seguro para o desenvolvimento do País com inclusão social e eficiência econômica, de modo a reestabelecer maior equilíbrio, ordem e progresso para toda a nação.”

Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás (IBP)

“O IBP — Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás, repudia veementemente os atos de vandalismo e atentados contra a democracia ocorridos em Brasília na tarde deste domingo, 8 de janeiro de 2023, que violam a ordem pública nacional. Discordâncias políticas não podem transcender para atos de vandalismo, desrespeito às instituições e ao Estado Democrático de Direito, e destruição do patrimônio público.”

União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica)

“A Unica – União da indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia – repudia veementemente os atos de vandalismo e de desrespeito institucional realizados hoje em Brasília. Nada os justifica.As opiniões políticas – tão valiosas para a democracia – devem ser manifestadas pelo voto e pelos canais republicanos, jamais pela força e pela incivilidade. Foram destruídos ou danificados não apenas prédios e objetos que são patrimônio do povo brasileiro, mas foi ofendida a sua própria alma. Ninguém tem o direito de fazê-lo. Neste momento, o Brasil precisa de comprometimento, não só de seu povo, mas de todos os setores da economia para garantirmos a estabilidade do país e o seu bem comum.”

Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp)

“O Brasil precisa de paz para produzir e voltar a crescer. Atos anti-democráticos contra os poderes constituídos da República, vandalismos e ataques ao patrimônio público agridem o estado de direito. Estamos, nós e o mundo, estarrecidos diante dos fatos que aconteceram em Brasília (DF). Faltando bom senso, segurança e ordem, o Brasil não avançará”, diz o documento assinado por Rafael Cervone, presidente do Ciesp. 

Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco)

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“A Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco) repudia veementemente as ações criminosas de invasão e depredação das sedes dos três Poderes da República nesta data, na Capital Federal. Os atos atentatórios perpetrados contra o Estado Democrático de Direito estão longe de serem configurados como manifestações pacíficas e o direito de manifestação da liberdade de expressão, pelo contrário, são atos criminosos. Faz-se necessário que os poderes da República e as instituições públicas, no escopo institucional de suas competências legais, procedam imediatamente com ações necessárias para a completa apuração e responsabilização dos envolvidos na preparação, no financiamento e na execução dos aterrorizantes atos ilícitos cometidos contra a democracia. Por fim, a Fenafisco reitera o seu repúdio aos covardes atos criminosos contra os Poderes constituídos ao passo que externa a sua intransigente defesa do Estado Democrático de Direito.”

Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma)

“O Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma) repudia todo tipo de violência e de atos que agridem os três Poderes da República – Executivo, Legislativo e Judiciário – e ferem a Constituição, como os registrados em Brasília no domingo (8). A sociedade brasileira anseia por estabilidade institucional e respeito aos valores democráticos, pois este é o ambiente indispensável para promover bem-estar e desenvolvimento e buscar convergências em torno das urgentes soluções de que o país precisa para superar seus grandes desafios.”

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