O recado de Luciano Hang sobre a operação da Polícia Federal
Dono da Havan é um dos oito alvos dos mandados de busca e apreensão determinados pelo ministro Alexandre de Moraes
A Polícia Federal deflagrou uma operação nesta terça-feira, 23, para cumprir mandados de busca e apreensão contra um grupo de empresários bolsonaristas que compartilharam mensagens em defesa de um golpe em um grupo de WhatsApp, como revelado pelo colunista Guilherme Amado no site Metrópoles. Entre os oito empresários está Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan e um dos mais notórios apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. Em nota, o dono da Havan afirma fazer parte de um grupo de empresários e que nunca defendeu golpe de estado. “Que eu saiba, no Brasil, ainda não existe crime de pensamento e opinião.”
“Eu faço parte de um grupo de 250 empresários de diversas correntes políticas e cada um tem seu ponto de vista. Que eu saiba, no Brasil, ainda não existe crime de pensamento e opinião. Em minhas mensagens em um grupo fechado de WhatsApp está claro que eu nunca, em momento algum, falei sobre golpe ou sobre STF”, diz em nota. O empresário ainda se diz “vítima da irresponsabilidade de um jornalismo raso”, além de compartilhar áudios com a reportagem do Metrópoles.
Além de Hang, são alvos da operação determinada pelo ministro Alexandre de Moreaes, do Supremo Tribunal Federal, os empresários José Isaac Peres (Multiplan), Ivan Wrobel (Construtora W3), José Koury (Barra World Shopping), André Tissot (Grupo Serra), Meyer Nirgri (Tecnisa), Marco Aurélio Raimundo (Mormaii) e Afrânio Barreira (Coco Bambu). Os mandados são cumpridos em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Ceará.