Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

O que está em jogo com a retomada do julgamento da Eletrobras no TCU

Processo está parado desde 20 de abril na corte após pedido de vista; com o andamento, empresa deve ser privatizada antes do período eleitoral

Por Larissa Quintino Atualizado em 18 Maio 2022, 12h54 - Publicado em 18 Maio 2022, 09h14

Quase um ano após a aprovação no Congresso — e um mês após um atraso no julgamento — o Tribunal de Contas da União (TCU) deve dar o aval para a privatização da Eletrobras. Com o andamento do do processo, parado desde de 20 de abril após um pedido de vista do ministro Vital do Rêgo, a corte deve dar parecer positivo ao modelo de capitalização para tornar a companhia majoritariamente privada.

A privatização da Eletrobras será a primeira do governo de Jair Bolsonaro. Eleito baseado em uma agenda liberal e visando a diminuição do estado, o governo patinou em tentativas anteriores de dar vazão à passagem de companhias públicas para privadas. No modelo de capitalização, o governo irá se desfazer da maior parte da empresa por meio da venda de ações. Com isso, a participação deve cair de cerca de 70% para 40%.

O governo federal espera a aprovação do processo com a maioria dos ministros seguindo o voto do relator, Aroldo Cedraz. Assim, a emissão de oferta de ações da empresa poderia ser realizada entre o fim do primeiro semestre e o começo do segundo (julho), sem avançar a janela eleitoral, apesar da estimativa do ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida ser mais otimista, e falar na venda no fim de maio e na liquidação em junho. A expectativa no TCU é que o voto contrário seja justamente de Vital do Rêgo, porém o ministro não deve ter maioria para travar o processo.

Em abril, Cedraz votou favoravelmente à capitalização da Eletrobras, em que acolheu a maioria das propostas da unidade técnica e sugeriu ajustes pontuais ao modelo proposto. Os pontos que devem ser trabalhados no processo listados por ele são a precificação do componente de potência das usinas outorgadas à Eletrobras, a projeção de receitas de geração com risco de subavaliação do valuation da Eletrobras e as regras de “poison pill” após o processo de capitalização.

Antes que os outros ministros pudessem proferir parecer, Vital do Rêgo realizou um pedido de vista do processo. Inicialmente, o prazo era de sessenta dias, o que inviabilizaria a capitalização neste ano. Entretanto, após pedidos de colegas, o período foi reduzido para vinte dias.

Continua após a publicidade

Próximos passos

Após o aval do TCU, os editais para negociação de ações podem ser publicados pelo governo. O edital também passa pela assembleia de acionistas da Eletrobras, mas deve receber aprovação porque neste momento o governo ainda deterá a maior parte do controle da empresa.

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) também precisa autorizar a aprovação, já que a capitalização será feita via emissão de ações na Bolsa de Valores.

A partir daí, há o processo do mercado financeiro, onde o BNDES tenta atrair investidores e as ações serão emitidas no mercado. A outorga inicial projetada é de 20 bilhões de reais e o governo projeta vender fatias adicionais, que podem render cerca de 80 bilhões de reais.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.