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O que esperar desta Super Quarta com decisões do Copom e do Fed

Semana é de destaque para a política monetária com decisões do Copom e do Fed sobre taxas de juros divulgadas hoje

Por Camila Pati Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 31 jul 2024, 06h00

Em semana marcada pela Super Quarta, o mercado financeiro aguarda hoje, 31, a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central e também a do Fed, o banco central americano. 

Nos dois países, as apostas são de manutenção dos juros. No Brasil, uma pesquisa realizada pelo BTG Pactual aponta que 84% esperam que o BC segure a taxa básica de juros Selic em 10,50% . 

Economistas consultados por VEJA também apostam que a porta está mesmo fechada para o afrouxamento da política monetária. Na última reunião, a decisão pela manutenção foi unânime, ao contrário do encontro anterior, quando houve dissenso quanto ao ritmo de redução da taxa.

A manutenção em junho  interrompeu a série de sete cortes consecutivos que ocorria desde agosto do ano passado, sendo seis de 0,5 ponto e um de 0,25%.  O comitê destacou que a incerteza global, a atividade econômica interna resiliente, a elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas exigem maior cautela. 

Na ocasião, a autoridade monetária também mencionou que está monitorando os impactos da política fiscal na política monetária e nos preços dos ativos, como a taxa de câmbio. 

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De lá para cá, o cenário continua complexo, com aumento das projeções de inflação. De acordo com o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central na segunda-feira, 29, os analistas agora preveem uma alta de 4,10% no IPCA em 2024.

 Os desafios fiscais também preocupam. A relação dívida bruta sobre PIB subiu 1,1 ponto percentual em apenas um mês, e chegou a 77,8% do PIB.   A pausa na política de corte de juros deve permanecer até pelo menos o fim do ano, segundo a expectativa de grande parte do mercado financeiro. Por isso, o mercado aguarda ansioso o comunicado com a visão do Banco Central sobre o cenário econômico atual. Relatório divulgado pelo Itaú destaca deterioração do câmbio e resiliência da atividade econômica como fatores de atenção para a próxima reunião do Copom. 

Nos Estados Unidos, o Fed também se reúne nesta semana, e a expectativa é de que o banco central mantenha a taxa em no intervalo de 5,25% e 5,50% ao ano, mas que o presidente do Fed Jerome Powell sinalize um possível corte de juros em setembro, em entrevista coletiva, após a divulgação da taxa de juros.

Na terça-feira, 30, o Departamento de Trabalho americano informou que registrou 8,18 milhões de empregos de vagas de emprego abertas em junho. O dado veio levemente acima do esperado. O relatório Jolts é o primeiro de uma bateria de dados de emprego divulgados esta semana, e pode ser utilizado pelo Fed para balizar sua percepção sobre o desempenho econômico do país. Um mercado de trabalho aquecido costuma estimular o consumo da população e, consequentemente, pressionar a inflação – em especial, o grupo de serviço.

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