O otimismo de Haddad com a economia brasileira após o resultado do PIB
Ministro participou da live semanal de Lula e mostrou otimismo; Haddad acompanha Lula em visita à Alemanha e sinalizou investimento dos europeus no país

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira, 5, que a economia brasileira deve crescer 3% neste ano. A declaração foi dada no programa “Conversa com o Presidente”, live semanal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ministro, no entanto, não mencionou o resultado do PIB, que registrou avanço de 0,1% no terceiro trimestre, acima das estimativas do mercado. O PIB veio acima das estimativas do mercado, que esperava recuo de 0,3% no período.
“Nós vamos crescer 3% esse ano. Nós atingimos uma taxa de juro muito elevada em julho, atingimos o patamar mais alto de taxa de juro, e o Banco Central começou a cortar a taxa de juro a partir de agosto. Então eu quero crer, com as medidas que nós estamos tomando no Congresso, o Congresso aprovando as medidas que nós encaminhamos, inclusive a reforma tributária, que vai ser a primeira reforma tributária feita em regime democrática e a mais ampla da nossa história, mais as leis e medidas provisórias que nós encaminhamos, eu acho que o brasileiro pode esperar uma economia cada vez mais forte”, disse o ministro, que acompanha a comitiva presidencial. Depois da COP28, o governo brasileiro está na Alemanha, onde realizou encontros bilaterais com a maior economia da Europa.
O Ministério da Fazenda revisou a previsão de crescimento do PIB de 3,2% para 3% em novembro, mostrando a tendência de desaceleração — mas com um PIB em linha com o crescimento do ano passado.
Investimentos
Durante a conversa com Lula, Haddad afirmou que a Alemanha sinalizou a ampliação de investimentos no Brasil. “O chanceler Olaf Scholtz não poderia ser mais claro: haverá uma nova rodada de investimentos industriais da Alemanha no Brasil. O Brasil detém um grande parque industrial de empresas alemãs. Muitas investem a muitos anos, mas vem perdendo posição, e isso vai voltar”.
Segundo Haddad, os investimentos sinalizados pela Alemanha tem potencial de gerar empregos não apenas no mercado de energia limpa e mineração, mas também na indústria de transformação, que está estagnada.