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O impulso do consumo das famílias no avanço do PIB do 3º trimestre

Mercado de trabalho aquecido tem estimulado o consumo, que cresceu 4,5% no acumulado de quatro trimestres

Por Camila Barros Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 3 dez 2024, 16h22 - Publicado em 3 dez 2024, 13h12

O consumo das famílias foi um dos motores do crescimento do PIB brasileiro no terceiro trimestre. O segmento registrou avanço de 1,5% na comparação trimestral e alta de 4,5% no acumulado de quatro trimestres, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, 3.

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“O bom desempenho do consumo das famílias está ligado ao mercado de trabalho aquecido, com o desemprego em mínimas históricas, o crescimento dos rendimentos do trabalho e da massa salarial, além das melhores condições de crédito e da expansão das transferências sociais”, explica Rafael Perez, economista da Suno Research.

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No trimestre encerrado em outubro, a taxa de desemprego recuou para 6,2%, o menor percentual da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012. Em números absolutos, eram 6,8 milhões de pessoas em busca de emprego no período. O salário médio dos trabalhadores, atualmente em 3.255 reais, também se aproxima de níveis recordes. A massa salarial, total de rendimentos pagos aos trabalhadores no período, cresceu 7,7% no ano, para 332,6 bilhões de reais.

Um mercado de trabalho aquecido estimula o consumo ao proporcionar maior segurança financeira às famílias, já que a estabilidade no emprego e o aumento da renda ampliam o poder de compra e a confiança na capacidade de pagamento.

Segundo relatório da Secretaria de Política Econômica (SPE), vinculada ao Ministério da Fazenda, a expectativa é de que o consumo siga estimulado pela força do mercado de trabalho no próximo trimestre. “Impulsos positivos devem vir do mercado de trabalho, que deverá seguir resiliente, estimulando a produção e o consumo das famílias”, diz o documento.

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No entanto, o relatório aponta que deve haver desaceleração desse crescimento adiante. “A política monetária mais contracionista deverá restringir o ritmo de expansão das concessões de crédito e dos investimentos”, diz.

Diante de um quadro de incerteza fiscal, a taxa Selic, atualmente no patamar de 11,25% ao ano, tem perspectiva de alta nos próximos meses. Um relatório do JP Morgan, por exemplo, espera um Banco Central mais agressivo e projeta a Selic em 14,25% em março de 2025.

Com taxas de juros elevadas, as parcelas de financiamentos, empréstimos e cartões de crédito ficam mais caras, o que reduz a capacidade de endividamento das famílias. Além disso, o aumento nos juros torna os ativos de renda fixa mais atraentes, levando as pessoas a priorizar a poupança e o consumo mais controlado em vez de gastar — o que diminui o consumo geral.

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