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O importante recado do Banco Central a Lula e Haddad

Ata do Copom reafirma importância do cumprimento das metas fiscais para continuidade do processo de redução nas taxas de juros

Por Larissa Quintino Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 19 dez 2023, 08h48

O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, reduziu a taxa básica de juros em meio ponto percentual na última reunião do ano. Com o cenário de desinflação e boas sinalizações vindas do exterior — como a redução dos juros dos Estados Unidos no radar — a autoridade monetária faz um alerta direcionado ao governo Lula, de que é preciso levar a política fiscal a sério.

Na ata da reunião, divulgada nesta terça-feira, o colegiado afirma que “o esmorecimento no esforço de reformas estruturais e disciplina fiscal, o aumento de crédito direcionado e as incertezas sobre a estabilização da dívida pública têm o potencial de elevar a taxa de juros neutra da economia, com impactos deletérios sobre a potência da política monetária e, consequentemente, sobre o custo de desinflação em termos de atividade”. Ou seja, um descontrole fiscal tem impacto direto na política de redução da taxa básica de juros.

O Banco Central passou a baixar as taxas de juro em meados deste ano, com sinais consistentes do processo de desinflação, como mostra reportagem de VEJA desta semana. Porém, as dúvidas sobre o cumprimento da meta fiscal de 2024, que é déficit fiscal zero, tendem a desancorar expectativas. O Congresso vota nessa terça-feira a Lei de Diretrizes Orçamentárias, que define a meta fiscal de zerar o déficit. Enquanto isso, o Ministério da Fazenda tenta passar projetos para aumentar a arrecadação, como a medida provisória das subvenções. 

“As expectativas de inflação seguem desancoradas e são um fator de preocupação. O Comitê avalia que a redução das expectativas requer uma atuação firme da autoridade monetária, bem como o contínuo fortalecimento da credibilidade e da reputação tanto das instituições como dos arcabouços fiscal e monetário que compõem a política econômica brasileira”, afirma o colegiado. 

Enquanto monitora a política fiscal, o Copom reafirmou que deve continuar em seu ritmo de cortes “de mesma magnitude nas próximas reuniões”. A próxima reunião do comitê é no fim de janeiro e a expectativa do mercado é que a Selic encerre o ano em 9,25% em 2024.

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