ASSINE VEJA NEGÓCIOS

O duro recado do Banco Central que serve de alerta para Haddad e Lula

Ata do Copom ressalta prováveis efeitos inflacionários de medidas expansionistas e destaca 'maior sensibilidade' do mercado aos fundamentos fiscais

Por Larissa Quintino Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 dez 2022, 11h58 - Publicado em 13 dez 2022, 09h16

A primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais teve diversas ponderações sobre o futuro da economia e como isso pode impactar nos juros. Além da decisão de manter a Selic no patamar de 13,75% ao ano, a ata do encontro, divulgada nesta terça-feira, 13, está carregada de recados importantes a Lula e sua equipe econômica, capitaneada por Fernando Haddad, que assume a Fazenda em 2023.

Segundo o Banco Central, a incerteza sobre o cenário fiscal pede serenidade na avaliação dos riscos inflacionários daqui em diante mesmo que, atualmente, haja estabilização no preço de commodities e alguma moderação na inflação de serviços. No documento, o Comitê afirma que a política fiscal não afeta apenas a inflação por meio dos efeitos diretos na demanda agregada, mas também via preços de ativos, grau de incerteza na economia, expectativas de inflação e taxa de juros neutra.

Desde a eleição de Lula e os primeiros atos do governo de transição — que se mostra afeito a mais gastos como com a PEC da Transição, que dá uma ‘licença para gastar’ que vai de 145 bilhões a 193 bilhões de reais –, a reação do mercado financeiro foi de subida na curva de juros, desvalorização da moeda e queda na bolsa de valores. A PEC, aprovada no Senado, deve ser votada ainda nesta semana na Câmara dos Deputados.

“O Comitê avaliou que mudanças em políticas parafiscais ou a reversão de reformas estruturais que levem a uma alocação menos eficiente de recursos podem reduzir a potência da política monetária. Nos diferentes exercícios analisados, avaliou-se que o efeito final, seja sobre a inflação ou sobre a atividade, dependerá tanto da combinação quanto da magnitude das políticas fiscal e parafiscal. Além disso, ressaltou-se que a existência de capacidade ociosa na economia e a confiança sobre a sustentabilidade da dívida são fatores determinantes para uma política fiscal expansionista atingir os impactos almejados sobre a atividade econômica. Em ambiente de hiato do produto reduzido, o impacto de estímulos fiscais significativos sobre a trajetória de inflação tende a se sobrepor aos impactos almejados sobre a atividade econômica”, afirmou o Copom em nota.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

ECONOMIZE ATÉ 41% OFF

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
De: R$ 16,90/mês
Apenas 9,90/mês*
OFERTA RELÂMPAGO

Revista em Casa + Digital Completo

Veja Negócios impressa todo mês na sua casa, além de todos os benefícios do plano Digital Completo
De: R$ 26,90/mês
A partir de 9,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.