O duro recado de Rodrigo Pacheco a Lula em eleição à presidência do Senado
Presidente reconduzido ao comando do Senado apontou a necessidade de o governo colocar como prioridade um novo arcabouço fiscal e a reforma tributária
O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) foi reconduzido ao cargo de presidente do Senado em uma disputa apertada contra Rogério Marinho (PL-RN) na noite desta quarta-feira, 1º. Em seu pronunciamento de campanha, antes da votação, Pacheco fez um duro discurso sobre como deve ser a relação da Casa com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O presidente do Senado, reeleito com 49 votos, criticou as tentativas de revogação de reformas como a da Previdência e a Trabalhista e defendeu que haja “independência” entre os poderes — uma das principais criticas de Marinho, ex-ministro no governo de Jair Bolsonaro, era a de que Pacheco estaria mancomunado com os interesses de Lula.
Para Pacheco, é importante que o Senado não seja subserviente ao Poder Executivo. “Um Senado que se subjuga ao Executivo é um Senado covarde, e nós não permitiremos que isso aconteça”, afirmou. “Teremos desafios de matérias importantes para o Senado Federal. O primeiro é o de não deixar retroceder conquistas importantes para o parlamento brasileiro. Eu, como deputado, votei em várias delas. Como senador, também votei em várias delas. E como presidente do Senado também aprovei várias delas. E não gostaria que houvesse retrocesso. Aprimoramento sempre e retrocesso nunca”, afirmou, deixando clara a sua posição contrária à mudança em reformas estruturantes aprovadas nos últimos anos.
Pacheco solicitou, ainda, que o governo de Lula apoie e trace planos para a aprovação de novas reformas estruturantes, como a tributária, e de um novo arcabouço fiscal para o antigo teto de gastos. “Não podemos admitir que se continue a arrecadação confusa do sistema tributário brasileiro, tampouco podemos permitir que se acabe com a responsabilidade fiscal no nosso país, que é uma conquista da modernidade e nós temos que garantir que se combata a gastança desenfreada do Estado brasileiro”, afirmou. “Temos de cobrar ao governo federal o corte de despesas. Temos esse compromisso de permitir que esse governo, com a cooperação do Congresso Nacional, possa não errar, independente de fiscalização”, afirmou. Em seu discurso após a vitória, Pacheco pediu “pacificação” e “cooperação” entre os poderes.
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