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O derretimento da moeda russa com o avanço da guerra na Ucrânia

Com o agravamento do conflito e as sanções do Ocidente, o rublo chegou a ser cotado a 109 dólares no mercado internacional; BC russo aumentou juros para 20%

Por Larissa Quintino Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 28 fev 2022, 08h58 - Publicado em 28 fev 2022, 08h44

Desde a última quinta-feira, quando o presidente russo Vladmir Putin começou a invasão de seu país à Ucrânia, o mercado financeiro russo entrou em colapso. Apesar de alegar a empresários que os efeitos à economia do país seriam pequenos, Putin está vendo uma péssima reação do mercado. O rublo, moeda oficial da Rússia, chegou nesta segunda-feira, 28, a seu nível mais baixo da história, com o dólar valendo 109 rublos no mercado internacional, segundo a agência Bloomberg. O resultado representou uma queda de 30% em relação à última sexta-feira.

Nesta segunda, havia dificuldade para que os negociantes conseguissem precificar o rublo, informou a agência Bloomberg. As cotações eram pouco frequentes e voláteis no início da sessão, e os traders alertaram que a baixa liquidez estava dificultando a correspondência entre compradores e vendedores.  

O banco central russo adiou o início das negociações do rublo em três horas, ao elevar sua taxa básica de juros, em uma alta que saiu de 9,5% para 20%, classificada como movimento de emergência. Em um ponto na segunda-feira, o rublo foi listado a 95,4825 por dólar na Bolsa de Moscou e 108,8771 em cotações offshore compiladas pela Bloomberg. 

Na abertura local, formou-se uma enorme lacuna entre os rublos cotados em Moscou e os preços nos mercados internacionais.  Os deslocamentos foram sem precedentes na memória recente para um mercado tão grande quanto a Rússia e destacaram como as negociações estão sendo reviradas à medida que os investidores lutam para vender. O banco central cancelou completamente a negociação de ações na bolsa local na segunda-feira.  

Sanções

Com o avanço das tropas russas em território ucraniano, aumentam também as sanções à economia do país por parte do Ocidente. No último domingo, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, anunciou que vários países da União Europeia chegaram a um acordo para bloquear transações com o Banco Central da Rússia, o que implica no bloqueio de “mais da metade das reservas” da instituição financeira russa, “uma vez que são mantidas em países do G7”.

A decisão também foi divulgada na fala da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Ela também reforçou a convergência entre os europeus e os americanos para excluir a Rússia do Swift (Sociedade de Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais). Para tentar contornar a situação, alguns bancos do país, como o Sberbank e VTB, asseguraram aos seus clientes que eles poderiam converter as moedas locais em moedas estrangeiras, como euro e dólar, para evitar maiores prejuízos.

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