Normalização em supermercado pode levar de 5 a 10 dias
A entidade do setor afirma que a maioria dos supermercados trabalha com estoque médio de produtos não perecíveis
A greve de caminhoneiros iniciada na segunda-feira já afeta o abastecimento dos supermercados. A normalização do abastecimento do setor ainda poderia levar de 5 a 10 dias mesmo no caso de haver o desbloqueio de estradas, segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). A entidade informou em nota que ainda não estimou as perdas e prejuízos com a paralisação de caminhoneiros.
“A expectativa da entidade é de que a situação melhore nas próximas horas, para que possamos normalizar o abastecimento da população”, disse a Abras em nota.
Segundo a Abras, a maioria dos supermercados trabalha com estoque médio de produtos não perecíveis. A falta no abastecimento dos supermercados está mais concentrada nos perecíveis.
As lojas Extra, Assaí e Pão de Açúcar já registram falta de itens do setor de hortifrúti. Segundo o GPA, que controla essas marcas, os estoques de carnes e aves também começam a ser impactados, “o que poderá causar faltas pontuais em lojas Extra e Pão de Açúcar”.
Clientes da rede Carrefour de supermercados em todo o Brasil foram surpreendidos por um aviso incomum nesta quinta-feira (24): os estabelecimentos estão limitando as compras a apenas cinco unidades por produto.
Uma foto tirada em Brasília mostra uma placa exposta na entrada de uma unidade do supermercado em que se lê: “Atenção clientes, devido à greve dos caminhoneiros, e para que todos os nossos clientes consigam aproveitar nossos preços e ofertas, estamos limitando a venda a, no máximo, cinco unidades de cada item por compra”.
O Carrefour confirmou a autenticidade da imagem e disse que “é uma medida preventiva para melhor atender ao consumidor”. Ainda assim, garantiu que “o abastecimento segue sem muitos problemas em suas lojas em função dos volumes de estoques”.
Em Pernambuco, a Associação Pernambucana de Supermercados (Apes) informa que os supermercados estão abastecidos apenas até este final desta semana. “No momento o reflexo da falta de produtos é apenas no setor de hortifruti, porque os produtos não estão chegando nas lojas e como são mais perecíveis, não é possível estocagem”, afirma em comunicado.
A entidade diz que, se a paralisação dos caminhoneiros continuar, “a partir da próxima semana o reflexo nos supermercados já vai ser percebido em outras categorias de produtos”.
(Com Estadão Conteúdo)