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Nem o cafezinho escapou da inflação

Grão moído teve alta de 56,87% nos últimos doze meses e pressiona o preço da segunda bebida mais consumida; no mercado internacional, alta é de 140%

Por Luisa Purchio Atualizado em 12 fev 2022, 00h46 - Publicado em 9 fev 2022, 12h21

Dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgados na manhã desta quarta-feira, 9, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostraram que os preços do café moído subiram 4,75% em janeiro, a 11ª alta consecutiva, e no acumulado dos últimos 12 meses já cresceram 56,87%. A inflação na gôndola pesa no bolso do consumidor brasileiro, que tem no café a bebida mais consumida, atrás apenas da água.

A alta é consequência da safra do café que, já no final de 2020 e ao longo de 2021, sofreu com a falta de chuvas, com geadas e até chuva de granizo. As intempéries climáticas que pesaram no agronegócio de maneira mais ampla atingiu especialmente o preço do café no mercado internacional, que tem no Brasil o seu maior fornecedor mundial.

“Houve uma combinação de consumo forte e problemas na falta de oferta, principalmente do Brasil, mas também do café de outras origens, como da Colômbia. Em 2020, o Brasil exportou 39 milhões de sacas de café do tipo arábica, um número que caiu para 31,4 milhões em 2021. Nossa produção tem uma magnitude muito grande e impacta fortemente a dinâmica do preço no mercado internacional”, diz Marcos Matos, diretor geral da Cecafé.

Além disso, com a retomada da economia mundial após a pandemia, com a volta das viagens e eventos corporativos, o consumo da bebida no mercado internacional aumentou. Se por um lado a exportação de sacas de café foi menor, do outro os preços se valorizaram diante da alta demanda, o que proporcionou aos produtores brasileiros uma melhor arrecadação com as vendas.

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Em 2021, a exportação de café brasileira trouxe uma arrecadação de 6,24 bilhões de dólares. Em moeda local, foram 33,7 bilhões de reais arrecadados, recorde histórico que superou em 15,4% a última marca, de 2020. A alta do preço do grão no mercado internacional se somou à valorização do dólar em relação ao real.

De acordo com Celírio Inácio, diretor executivo da ABIC, no mercado internacional o preço da saca do café cru sofreu um aumento de 140% a 150% nos últimos doze meses. Já o custo do café torrado e moído, vendido nos supermercados brasileiros, é composto por 70% do grão. “Essa conjugação de fatores faz com que o preço seja refletido para o consumidor”, diz ele.

 

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