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Negociações com caminhoneiros se esgotaram, diz ministro

O acordo anunciado ontem prevê que o preço do diesel nas refinarias ficará congelado por 60 dias e terá um desconto de 0,46 centavos por litro

Por Redação
Atualizado em 28 Maio 2018, 15h57 - Publicado em 28 Maio 2018, 14h22

O governo já chegou ao limite das negociações com os caminhoneiros, que entraram no oitavo dia de greve nesta segunda-feira. O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse nesta segunda-feira que o governo conversou com todas as instâncias possíveis de representação dos caminheiros – confederações, federações, sindicatos e associações.

“No nosso entendimento, as negociações que o governo tinha de fazer com os caminhoneiros já encerraram”, disse o ministro após reunião do gabinete de monitoramento da crise.

O acordo anunciado ontem prevê que o preço do diesel nas refinarias ficará congelado por 60 dias e terá um desconto de 0,46 centavos por litro. Também ficou acertado que a isenção de cobrança de pedágio por eixo suspenso nas rodovias e a criação de uma tabela com preço mínimo de frete.

“Quando fomos dialogar, dialogamos com todas as instituições que representam caminhoneiros no Brasil. […] Não somos ingênuos, sabemos que existe representação verticalizada, mas também quem faz a horizontalidade do movimento”, afirmou Padilha.

Questionado sobre como o governo vai garantir que o desconto de 0,46 centavos chegue às bombas de combustível, Padilha afirmou que espera que cada caminhoneiro aja como uma espécie de fiscal de preço.

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O ministro Carlos Marun, da Secretaria de Governo, disse que é preciso lembrar que existem postos que compraram diesel pelo preço maior e por isso não conseguiriam repassar o desconto de imediato. “Existe muito estoque comprado pelo prelo anterior. Não podemos obrigar o posto a ter prejuízo. Podemos garantir que o preço na Petrobras vai sair com desconto a partir de hoje, no máximo, até amanhã.”

Segundo Marun, o governo conta com o bom senso e patriotismo dos empresários de postos de gasolina sobre repassar o desconto de 0,46 centavos para o preço da bomba. “Estamos fazendo um sacrifício e exigimos que chegue ao tanque do caminhão. O Ministério da Justiça está analisando que medidas podem ser tomadas do ponto de vista do consumidor, pois é um crime de lesa-pátria.”

O ministro Sérgio Etchegoyen, da Secretaria de Segurança Institucional, disse que não são apenas os caminhoneiros que se beneficiarão do desconto de 0,46 centavos no diesel. “Significa que todo produto que chegar via diesel vai ter esse desconto. Em um primeiro momento é um privilégio para o caminhoneiro, mas alcança toda a sociedade.”

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