Ford diz que, de 2030 em diante, só produzirá veículos elétricos na Europa
Empresa registra lucro na região, no quarto trimestre de 2020, e investe US$ 1 bilhão em reforma da sede em Colônia, na Alemanha
A Ford anunciou na quarta-feira, 17, um plano de acelerar sua transição para carros elétricos na Europa, eliminando aos poucos a produção de veículos movidos a combustível fóssil. A partir de meados de 2026, a montadora produzirá automóveis de passeio com capacidade zero de emissões, totalmente elétricos ou híbridos. De 2030 em diante, a linha de montagem será toda voltada para os “recarregáveis”. Os comerciais “limpos” serão comercializados já a partir de 2024.
O anúncio foi feito depois que a Ford voltou a registrar lucro na região, no quarto trimestre de 2020. “Estamos entrando agora em um futuro totalmente elétrico na Europa, com novos veículos”, disse Stuart Rowley, presidente da Ford Europa, no evento transmitido online.
O plano faz parte de uma tentativa de gerar lucros estáveis na Europa, onde a Ford tem apenas 5% do mercado de utilitários. E também para atender aos padrões de emissões cada vez mais rígidos na União Europeia. Agora, a marca planeja gastar US$ 1 bilhão na reforma da fábrica de Colônia, na Alemanha, sede da Ford Europa, que será convertida para produzir veículos elétricos.
A Ford também confirmou que seu primeiro veículo de passageiros totalmente elétrico construído na Europa será produzido nas instalações a partir de 2023. A marca já começou a vender na região seu Mustang Mach-E movido a bateria e deve entregar modelos para clientes europeus durante as próximas semanas.
Outras marcas já seguiram por este caminho. No mês passado, a General Motors disse que pretende produzir apenas veículos elétricos até 2035. A empresa vendeu sua divisão Opel em 2017 para a Peugeot. A marca francesa recentemente se fundiu com a Fiat Chrysler e agora é conhecida como Stellantis. A Jaguar Land Rover disse na segunda-feira que todos os seus carros de luxo Jaquar, e 60% dos SUVs de luxo Land Rover, funcionarão exclusivamente com baterias até 2030.