Em mais um dia turbulento na Europa, com o rebaixamento do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P), o primeiro-ministro italiano Mario Monti pediu à Alemanha e a outros países credores que façam mais para reduzir os custos de empréstimos da Itália, de acordo com o jornal britânico Financial Times.
Monti alega que é do próprio interesse alemão emprestar mais de “seu peso fiscal” à Itália para reduzir os custos de financiamento do país. O premiê disse acreditar que os eurobonds (títulos de dívida emitidos em conjunto pelos países), proposta a qual a Alemanha se opõe, e o aumento do poder do fundo de resgate europeu poderiam acalmar os investidores.
“A moeda única trouxe muitos benefícios e talvez mais para a Alemanha do que para outros países”, disse o premiê em entrevista após o rebaixamento da nota de risco de seu país pela Standard & Poor’s.
O movimento pode colocar Monti, outrora bem visto pela chanceler alemã Angela Merkel, em uma posição de confronto com Berlim. Merkel tem se mostrado resistente a agir mais agressivamente, como evidencia sua relutância em aceitar os eurobonds.