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Metalúrgicos aprovam acordo na GM de São José

Em novo plano foi aprovada proposta de licença remunerada para 940 metalúrgicos e aberto um programa de demissão voluntária para outros 900

Por Da Redação
7 ago 2012, 11h14

Os trabalhadores do primeiro e terceiro turnos aprovaram a proposta de licença remunerada para 940 metalúrgicos e a abertura de um programa de demissão voluntária (PDV) para outros 900, considerados excedentes na unidade da General Motors (GM) de São José dos Campos, no Vale do Paraíba, a 90 km de São Paulo.

A proposta apresentada na reunião do último sábado (4), entre a direção da GM e Sindicato dos Metalúrgicos, sob supervisão dos governos municipal, estadual e federal, foi aprovada na manhã desta terça-feira por quase todos os 3,5 mil trabalhadores presentes na assembleia.

Críticas – Apesar da suspensão, com o novo acordo, do plano de demissão em massa da GM, a solução não aliviou a pressão sobre os trabalhadores. Segundo o metalúrgico Carlos Roberto Chaves, que trabalha na GM há 32 anos na área de injeção de plásticos, a GM só está aprovando essa nova resolução por conta da pressão do momento e que desde janeiro se ouve falar em demissões.

Para Carlos Macedo, trabalhador da empresa há 16 anos no setor de Montagem de Veículos Automotores (MVA), que compôs a chapa de oposição a atual diretoria do sindicato, foi devido à falta de opção que o acordo foi aprovado. “Essa não é a melhor proposta para nós, perdemos muito tempo e agora ficamos com a faca no pescoço”, comentou.

“Só mudou a forma da saída, não vão reverter essas demissões”, criticou outro montador, Agnaldo José de Paula. “Agora teremos um novo PDF, programa de demissão forçada”, ironizou. Em sua opinião, a pressão deve aumentar. “Agora vem a chefia pressionar mais”.

Para os sindicalistas, a aprovação foi a melhor decisão dos trabalhadores. “Isso é fruto da luta, agora pretendemos reverter (a demissão dos) 940 do lay-off”, comentou Luiz Carlos Prates, o Mancha.

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Decisão – Segundo a GM, a unidade de São José dos Campos é considerada de maior custo entre as unidades da montadora no Brasil e, para ganhar competitividade, ela precisa passar por reestruturações. O diretor de relações institucionais, Luiz Moan, disse que o excedente atualmente é de 1.840 trabalhadores.

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“Se não fizermos investimentos de modernização nas fábricas e produtos, a tendência é morrer. Não achamos justo, por falta de acordo com o sindicato, que a cidade perca o complexo”, disse Moan, durante coletiva à imprensa no último sábado.

O complexo industrial de São José dos Campos abriga oito fábricas. Até o fim o ano, a unidade deve começar a produzir um novo modelo na mesma linha de montagem da nova S10, de veículos comerciais leves. O último modelo a ser produzido no MVA, o Classic, teve sua produção limitada a 20 carros por hora, operando em turno único, e ela deve acabar em 30 de novembro, quando vence o período de suspensão dos contratos de trabalho de 940 metalúrgicos.

No último PDV na unidade, entre junho e julho, 356 trabalhadores deixaram a empresa. Somadas as últimas demissões com a projeção dos excedentes, somente no segundo semestre a GM deverá dispensar aproximadamente 30% do seu pessoal no Vale do Paraíba, fechando 2012 com pouco mais de 5 mil funcionários, ante ao efetivo inicial de 7.800 trabalhadores.

Passos – Em 60 dias, GM e sindicato discutirão estratégias para a redução de salários, banco de horas e jornadas flexíveis. Havendo acordo, a direção da montadora se compromete a discutir investimentos na unidade, que seria tratada como prioritária para novos projetos.

(Com Agência Estado)

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