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Mercado vê pressão crescente da inflação tanto neste ano quanto no próximo

Projeções compiladas pelo Boletim Focus revisaram o IPCA pela sétima semana consecutiva neste ano, a 5,74%

Por Larissa Quintino Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 jan 2023, 10h09 - Publicado em 30 jan 2023, 09h46

O controle inflacionário é um dos grandes desafios da economia brasileira e, de acordo com estimativas do mercado financeiro, colocar a inflação nos eixos será uma missão difícil tanto neste ano quanto em 2024 Segundo o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira, 30, pelo Banco Central, a projeção para o IPCA neste ano é de 5,74%, sétima semana consecutiva de alta, 0,26 ponto maior que na semana passada e 0,43 ponto acima da projeção de um mês atrás. Para 2024, o mercado projeta a inflação em 3,90%, 2ª semana seguida de alta, 0,06 ponto acima da semana passada e 0,25 ponto maior que há um mês.

Tanto a projeção deste ano quanto no próximo indicam que a inflação no Brasil está projetada para acima do centro da meta em 2023 e em 2024. Neste ano, a meta é de 3,25%, com  teto de 4,75%. Já em 2024, a meta é de 3%, chegando até 4,50%. As metas inflacionárias já definidas pelo Conselho Monetário Nacional foram criticadas pelo presidente Lula. Um indicativo que o governo poderia mexer na meta inflacionária gerou apreensão no mercado financeiro.

A meta de inflação é definida pelo Conselho Monetário Nacional e conta com a participação tanto do Banco Central quanto do Ministério da Fazenda, comandado por Fernando Haddad.  No meio do ano, o Conselho Monetário Nacional se reúne para definir a meta de inflação a partir de 2025. Conforme mostra reportagem de VEJA, o mercado até considera que a meta de 3,25% pode estar muito baixa para a economia brasileira, mas se o processo se mostrar mais político do que técnico a mensagem de descontrole inflacionário vai se acentuar.

Um atropelamento gera ainda mais  aumento das expectativas de inflação por parte do mercado. Atualmente, a política monetária e a fiscal estão trabalhando de forma contrastante. Enquanto o BC mantém juros altos, segurando a economia, o governo aprovou a PEC da Transição, prevendo mais recursos fora do teto de gastos. Se as duas ações forem no sentido de estimular a economia, as expectativas do mercado podem se desancorar e a inflação voltar a explodir. Nos últimos dois anos, o país não conseguiu cumprir a meta inflacionária, com estouros tanto em 2021 e 2022. 

 

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