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Mercado vê comunicado dúbio e corte da Selic pode ficar para setembro

Investidores aguardam ata da reunião, na semana que vem, para alinhar expectativas para início do corte na Selic

Por Pedro Gil Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 21 jun 2023, 20h14 - Publicado em 21 jun 2023, 19h03

O Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa Selic em 13,75% ao ano e não sinalizou com clareza que iniciará o processo do processo de corte de juros para a próxima reunião do colegiado, em agosto, algo que era esperado pelos investidores. “A conjuntura atual, caracterizada por um estágio do processo desinflacionário que tende a ser mais lento e por expectativas de inflação desancoradas, segue demandando cautela e parcimônia“, afirma em comunicado divulgado nesta quarta-feira, 21.

O comunicado pegou o mercado de surpresa, que esperava uma sinalização mais clara. “Teve um tom um pouco mais duro do que o esperado, sem inclinação para o corte de juros em agosto. Não que isso necessariamente impeça o corte, mas não houve uma sinalização clara de que isso ocorrerá”, lamenta Camila Abdelmalack, economista-chefe da Veedha Investimentos. “O mercado pode rever o início de cortes agora em setembro, não mais em agosto.”, diz.

A diferença deste comunicado para os anteriores é que o Copom suprimiu a parte em que dizia que “não hesitaria” em subir os juros caso houvesse risco de reversão de cenário. “O comunicado no geral manteve a essência “dura”, simétrica e neutra em termos de forward guidance. Porém, ao retirar o trecho de voltar a subir juros, substituir “vigilante” por “cautela e parcimônia” e ajustar o tempo verbal associado “a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período prolongado” de maneira a não se referir mais ao futuro, abriu a porta pra o ciclo de cortes com -25bps”, analisa Daniel Cunha, estrategista chefe da BGC Liquidez.  “O Banco Central parece estar olhando mais pra reunião de setembro, enquanto o mercado parece estar mais convicto com a próxima reunião de agosto”.

Apesar da decepção, a economista garante que isso não mudará as apostas da Selic ao final de 2023, “com cenário desinflacionário, melhora das expectativas de inflação, semana após semana, e a melhora do real frente ao dólar”. O mercado financeiro começou a ajustar para baixo a expectativa para a taxa de juros. Mais de 20 gestoras multimercado entrevistadas pela XP apostam que a Selic estará em 12% até o fim do ano. Atualmente, a expectativa oficial, de acordo com o boletim Focus, é de 12,5% ao fim de 2023. A pesquisa da XP é um termômetro, mas o otimismo que ela detectou deve começar a ser mapeado pelo Focus nos próximos levantamentos.

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