Mercado revisa para baixo a previsão de inflação e dólar para 2024
Boletim Focus, do Banco Central, prevê IPCA a 3,86%, dentro do teto da meta para 2024, e a moeda americana cotada a R$ 4,92

Pela segunda semana consecutiva, analistas consultados pelo Banco Central reduziram a projeção para a inflação em 2024. De acordo com o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira, 22, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve encerrar o ano em 3,86%, ligeiramente abaixo dos 3,87% projetados na semana passada. Há um mês, os analistas estimavam a inflação a 3,91% ao final deste ano.
A projeção dos economistas do mercado financeiro segue acima do centro da meta de 3%, mas dentro do teto, que vai até 4,5% neste ano. Apesar de uma pressão maior no preço dos alimentos, vinda de 2023, a inflação neste ano tem alguns fatores de desaceleração. Os analistas estimam que os preços administrados variem 4,16% neste ano, uma grande desaceleração em relação aos 9,12% registrados em 2023.
Previsão para o dólar
O mercado financeiro também revisou para baixo a projeção para o dólar neste ano. De acordo com o relatório do BC, os analistas estimam que a moeda americana valha 4,92 reais ao fim de 2024, abaixo dos 4,95 reais estimados na semana passada e dos 5 reais de um mês atrás. A cotação do dólar tem peso na inflação, já que o preço de commodities como alimentos e petróleo, são negociados na moeda americana. No fim da semana passada, a moeda americana encerrou o pregão negociada a 4,93 reais, uma alta de 1,5% na semana.
Para os juros, os analistas consultados pelo BC mantiveram a projeção da Selic, a taxa básica de juros, em 9% ao final de 2024, indicando expectativa na redução dos juros ao longo do ano. No próximo dia 30, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne e deve dar sequência à redução dos juros, com um corte de mais meio ponto percentual, conforme sinalizado na ata da reunião de dezembro.
Para o PIB, o Focus mantém a projeção da semana passada. Os analistas estimam crescimento de 1,59%, ritmo mais lento que os cerca de 3% estimados em 2023.