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Mercado projeta juros maiores: Bank of America vê Selic em 12% em 2025

Economistas do Bank of America divulgaram relatório em que estimam ciclo de aperto monetário com altas sucessivas da taxa básica de juros

Por Camila Pati Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 9 set 2024, 17h29

O mercado financeiro já projeta juros maiores no Brasil e menores nos Estados Unidos. Nesta segunda-feira, 9, o Bank of America divulgou relatório ajustando as projeções para Selic. A expectativa do banco é que o Comitê de Política Monetária  (Copom) do Banco Central, suba 0,25 ponto percentual na semana que vem, começando um ciclo de aperto monetário com outras três altas: dois aumentos 0,50 ponto percentual ainda neste ano e uma alta 0,25 ponto percentual em janeiro, mês em que a Selic esperada é de 12%. “Esperamos que o Brasil aumente as taxas enquanto outros bancos centrais estão cortando, o que pode reduzir ainda mais a pressão para aumentos futuros”, diz trecho do relatório assinado por David Beker, Natacha Perez e Gustavo Mendes.

O movimento de alta, embora mais tímido, também apareceu na pesquisa Focus do BC, que conta com as respostas de mais de 140 agentes do mercado financeiro. Nesta segunda-feira, 9, o relatório interrompeu uma sequência de 11 semanas de previsão de Selic a 10,5% no fim de 2024, e mostra que o mercado agora projeta 11,25% ao final do ano.  

O aumento de 0,25 ponto percentual na taxa Selic na próxima reunião do Copom, dia 18 de setembro, tem 77,4% de probabilidade de ocorrer, segundo a inteligência artificial criada pela gestora Equus Capital.  Na semana passada, o Índice Equus de Precificação da Selic (IEPS) dava 41,8% de chance de o Copom subir  0,25 ponto percentual. A IA identificou um aumento nos contratos em aberto no mercado de opções de Copom,  o número passou de 21.522 para 34.957. 

O movimento de aumento da expectativa de alta de juros, vem na esteira da divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, que cresceu 1,4%, acima do estimado pelo mercado. O aquecimento da economia e os dados de queda do desemprego e recorde de população ocupada aumentam a preocupação com a inflação. O boletim Focus mostra que previsão dos economistas é que a inflação chegue perto do teto fique em 4,3% neste ano, índice maior do que  os 4,26% projetados na semana passada.  O teto da meta de inflação de 2024 é 4,5%.

“Além disso, a inflação medida pelo IPCA alcançou 4,45% nos 12 meses encerrados em julho, aproximando-se do teto da meta perseguida pelo Banco Central. Esses indicadores reforçam a justificativa para um aumento nos juros, uma vez que a alta da inflação demanda medidas de política monetária mais restritivas”, diz Felipe Uchida, chefe  do departamento de análises quantitativas e sócio da Equus Capital. 

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Outra instituição a apostar na alta dos juros é o Morgan Stanley que abriu posições compradas em real contra o peso colombiano e aplicada em contratos de DI com vencimento em janeiro de 2029. Ioana Zamfir, chefe de estratégia macro para América Latina do banco, diz que o provável início do ciclo de corte de juros nos EUA, casado com as altas precificadas no Brasil devem dar apoio à moeda e às axas brasileiras de prazo mais longo.

Com a projeção de um ciclo mais forte de aperto monetário, os economistas do Bank of America  estima que a inflação dê uma arrefecida e encerre o ano em 3,9% em 2024 e de 3,6% em 2025

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