Mercado mantém projeções de inflação acima da meta
A estimativa do Boletim Focus desta semana é que a inflação encerre 2025 a 5,65%, mesma mediana divulgada na semana passada

Economistas e analistas de mercado consultados pelo Banco Central mantiveram as projeções para inflação deste ano e dos próximos dois. A estimativa do Boletim Focus desta semana é que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é a referência para a inflação, encerre 2025 a 5,65%, mesma mediana divulgada na semana passada.
A projeção, no entanto, ainda aponta para uma inflação acima do teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com limite de tolerância até 4,5%. Para 2026, a estimativa subiu de 4,48% para 4,50%, tocando o teto da meta e, para 2027, permaneceu em 4%.
Na semana passada, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que, depois de o Banco Central ter cumprido a promessa de subir a Selic em expressivos três pontos percentuais nos últimos meses, a taxa básica de juros do país já está agindo para enfraquecer o consumo e a economia. E esta, segundo Galípolo, é uma das grandes razões que justificam a decisão do BC de reduzir o ritmo de altas dos juros daqui para frente e, eventualmente, dar também uma pausa nelas. O Comitê de Política Monetária (Copom) vem subindo os juros há cinco reuniões seguidas. É a escalada mais forte e rápida dos juros dos últimos 20 anos. A Selic em 14,25% ao ano está no maior patamar desde 2016.
No Focus desta semana, os analistas seguem projetando que a taxa Selic encerre o ano a 15%, mesma projeção há 12 semanas. As projeções da Selic para 2026 e 2027 também foram mantidas em 12,50% e 10,50% ao ano, respectivamente.
O mercado também prevê um crescimento da economia em 2025 , 2026 menor do que 2%. A estimativa do avanço da economia em 2025 recuou de 1,98% para 1,97% nesta semana. Para 2026, a estimativa de avanço de 1,60% do PIB se manteve. A projeção para 2027 subiu de 1,99%. para 2% A projeção também caiu para o dólar: de 5,95 reais para 5,92 reais. Para 2026, o câmbio estimado se manteve em 6 reais e para 2027, em 5,90 reais.