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Mercado financeiro projeta estouro da meta de inflação neste ano

Analistas consultados pelo Boletim Focus estimam o IPCA em 4,55%, acima da margem de tolerância, de 4,5% para o ano

Por Larissa Quintino Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 28 out 2024, 08h36

Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central voltaram a subir a projeção da inflação para este ano pela quarta semana consecutiva.  Segundo os dados compilados pelo Boletim Focus e divulgados nesta segunda-feira, 28, o IPCA deve encerrar o ano em 4,55%, 0,05 ponto acima da semana passada. Com isso, a projeção para a inflação passa do limite de tolerância determinado pelo Conselho Monetário Nacional (CNM), que é de 4,5% para este ano.  Ou seja, o mercado prevê estouro da meta.

Para 2025, os analistas também subiram a estimativa de inflação, de 3,99% para 4%. A desancoragem da inflação é dos grandes motivos que levaram o Banco Central a iniciar o aumento das taxas de juros. Cenário externo instável, aumento do risco fiscal e dos preços dos alimentos e da energia passaram a pressionar ainda mais o indicador. A projeção tanto para este ano quanto para o próximo está bem acima do centro da meta, que é de 3%.

O câmbio também é um fator relevante para a inflação. No Focus desta semana, os analistas projetam o dólar a R$ 5,45 ao fim do ano, 3 centavos a mais do que no relatório da semana passada. A projeção, no entanto, é mais tímida que a cotação atual, que está na casa dos R$ 5,70.

Caso haja um estouro da meta, o presidente do Banco Central deve divulgar nesta semana uma carta endereçada ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para explicar por que a inflação fechou acima da meta. A justificativa é uma regra que obriga o BC a dar explicações no caso de falha ao cumprir a meta. A primeira foi escrita por Armínio Fraga, em 2001. A carta também foi entregue nos anos de 2002, 2003, 2015 e 2018 e em 2021 e 2022. Será a primeira carta assinada por Gabriel Galípolo, já que o IPCA fechado do ano só é divulgado em janeiro do outro.

A pressão inflacionária pode levar a mais ajustes na taxa básica de juros, O mercado estima que hajam mais ajustes neste ano, encerrando em 11,75%, mesma estimativa da semana passada. Para 2025, os analistas estimam uma Selic em 11,25% ao ano, 0,25 ponto acima da semana passada.

Além da desancoragem, o avanço da atividade econômica também é um dos motivos que levou o BC a começar a o ciclo de aperto monetário. os economistas consultados pelo Focus esperam que o PIB varie 3,08% neste ano, 0,03% a mais que o projetado na semana passada. A estimativa do mercado, entretanto, segue abaixo do estimado pelo Executivo e pelo BC, que é de um avanço de 3,2% para este ano.

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