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Mercado financeiro mantém projeção do PIB a 0,87% e reduz a da inflação

O IPCA, inflação oficial do país, teve sua estimativa revista pela sexta semana e deve fechar o ano em 3,45%, segundo economistas consultados pelo BC

Por Larissa Quintino Atualizado em 16 set 2019, 09h21 - Publicado em 16 set 2019, 09h17

Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central mantiveram em 0,87% a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano. Em contrapartida, a previsão de crescimento para 2020 foi revista e caiu de 2,07% para 2%. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 16, pelo Boletim Focus. Apesar de mantida de uma semana para outra, a estimativa continua muito inferior à do início deste ano, quando, otimista, o mercado chegou a projetar o PIB em 2,57%. 

Os economistas revisaram também a previsão de inflação para 2019. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve encerrar o ano em 3,45%. Na semana passada, a média prevista para a inflação no ano era de 3,54%. É a sexta revisão seguida no indicador de preços.

O índice está abaixo do centro da meta da inflação deste ano, definida em 4,25% pelo Conselho Monetário Nacional. A taxa, no entanto, está dentro da margem de erro, que é de 1,5 ponto percentual para baixo ou para cima (2,75% a 5,75%). Para 2020, o mercado também reduziu a estimativa do IPCA de 3,82% para 3,80%. No próximo ano, a meta da inflação é de 4%, com tolerância entre 2,5% e 5,5%.

O Boletim Focus é divulgado semanalmente pelo BC com as previsões do mercado financeiro para os principais índices da economia brasileira.

Os analistas consultados pelo Banco Central também alteraram a previsão para o dólar comercial ao fim do ano. A estimativa do mercado é que a moeda termine 2019 vendida a 3,90 reais e na semana anterior a estimativa era de 3,87 reais. Os patamares ainda estão abaixo da cotação atual. Na sexta-feira, o dólar fechou vendido a 4,09 reais. Para 2020, a projeção é de que o dólar feche o ano em 3,90 reais – antes era 3,85 reais.

A estimativa para a taxa básica de juros, a Selic, se manteve em 5% para o ano. Atualmente, a Selic está em 6%, menor patamar da história, e o Banco Central já indicou que deve continuar a cortar a taxa para estimular a economia. A próxima reunião do Conselho de Política Monetária (Copom), responsável pela taxa de juros, será no dia 18 de setembro.

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