Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Mercado espera nova elevação de 0,5 ponto porcentual na taxa Selic

Com mais uma alta já aguardada, a expectativa agora é se o Banco Central vai se encaminhar para o fim ou se vai prolongar esse ciclo altista

Por Luana Zanobia Atualizado em 3 ago 2022, 16h40 - Publicado em 3 ago 2022, 08h02

O mercado já precifica como certo um aumento de 0,5 ponto porcentual na taxa básica de juros, elevando a Selic de 13,25% para 13,75%. A decisão do Copom será anunciada no final do dia desta quarta-feira, 3, mas o mercado não vê espaço para grandes surpresas. Se concretizada, será a 12ª vez que o Banco Central eleva os juros na tentativa de controlar a inflação que acumula alta de 11,89% em doze meses.

Com uma nova elevação já esperada, a expectativa do mercado agora é a postura que o BC vai adotar na condução da política monetária daqui pra frente, isto é, se o banco vai cumprir as sinalizações de fim do ciclo altista ou se deve deixar espaço para novas altas e um juro alto por tempo prolongado. Ou seja, o comunicado da decisão é mais aguardado do que ela em si. 

Estados Unidos e Europa convivem com uma inflação não vivenciada há décadas pelos países, e a piora desses índices nos últimos meses colocaram uma forte pressão nos planos do BC de afrouxar a política monetária por aqui. A expectativa de encaminhar a Selic para a faixa final de 13,75% era alta, mas a deterioração do cenário econômico global com elevações de juros nas principais economias do mundo e os riscos ficais no cenário doméstico diminuem as perspectivas para o fim desse ciclo.

Com o agravamento da situação externa e interna, esta última provocada pelas medidas de cunho eleitoral do governo Bolsonaro, o mercado começa a precificar se há espaço para mais algum ajuste adicional, com a Selic terminando o ano no patamar de 14%. “Acredito que o BC chegue a uma taxa de pelo menos 14% neste ano. O próprio Boletim Focus divulgado nesta semana trabalha com a expectativa de que o juro básico suba de 13,75% para 14% para o fim do ano, o que é influenciado pelo cenário de deterioração da expectativa de inflação para o ano que vem”, diz Fabio Louzada, economista e fundador da plataforma Eu Me Banco.

Apesar da inflação estar demonstrando leves sinais de arrefecimento neste ano, o mercado projeta um transbordamento da alta dos preços para o próximo ano e também uma Selic mais alta do que estava previsto anteriormente. As perspectivas inflacionárias estão em sua quinta semana consecutiva de queda no Boletim Focus, com o mercado projetando o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) em 7,15% no final do ano, abaixo dos 7,30% da semana anterior e dos 7,96% de um mês atrás. “Sabemos que se trata de um alívio temporário devido às decisões do governo em relação à diminuição do imposto de ICMS diminuindo preços de gasolina e energia, o que passa uma sensação de melhora. Porém, não temos o problema da inflação resolvido. Isso deve levar o Copom a subir juros novamente nesta semana como tentativa de controlar a inflação”, diz Marcus Labarthe, sócio-fundador da GT Capital. Apesar da desaceleração prevista para este ano, o IPCA aumentou de 5,30% para 5,33% em 2023, e a Selic escalou para 11%, contra a projeção anterior de 10,5%. 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.