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Mercado aposta em novo corte na Selic, levando taxa a 11,25% ao ano

Comitê de Política Monetária do BC deve reduzir os juros em mais 0,5 ponto; inflação sob controle potencializa apostas

Por Larissa Quintino Atualizado em 29 jan 2024, 09h08 - Publicado em 29 jan 2024, 08h59

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne entre terça e quarta-feira desta semana para deliberar sobre os rumos da política monetária no Brasil. A expectativa do mercado financeiro é que o ciclo de cortes da Selic, e o ritmo deles, se mantenha. Com isso, a estimativa é que o Copom reduza a  taxa básica em mais meio ponto percentual. Assim, a Selic passará de 11,75% para 11,25% ao ano.

Caso confirmado, esse será o quarto corte consecutivo nas taxas de juros e a taxa alcançará o menor patamar desde março de 2022. Apesar da pressão vinda do executivo para baixar logo as taxas, o BC só começou a sequência de cortes após identificar sinais de deflação. Em 2023, o IPCA fechou dentro do teto meta pela primeira vez desde 2022: em 4,62%, abaixo do limite de 4,75%. Para este ano, a meta é de 3% e a projeção é de 3,86%, segundo o relatório Focus divulgado na segunda-feira passada.

Na última reunião, o Copom sinalizou na ata que continuaria o ritmo de cortes caso não houvessem mudanças significativas no cenário e, daí vem a aposta do mercado na manutenção do ritmo de quedas. A projeção de IPCA do Focus ficou estável em 3,9% para 2024 e em 3,5% para 2025; a taxa de câmbio permaneceu ao redor de 4,90 reais; a projeção de taxa de juros do Focus registrou leve queda passando de 9,25% para 9% para o ano de 2024 e ficou estável em 8,5% para 2025. “Ou seja: as previsões de inflação do Banco Central não devem sofrer alterações relevantes em relação a última divulgação o que sugere manutenção do plano de voo original”, afirma o banco C6 em relatório enviado a seus clientes. 

A manutenção do cenário de desinflação, apesar de uma queda mais lenta nos últimos meses, faz com que o mercado projete cortes de meio ponto até agosto, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).  “O cenário para a inflação neste início de ano é construtivo, com destaque para os preços dos alimentos, que devem impactar menos o IPCA do que em anos anteriores e, assim, abrir espaço para o Banco Central manter o ritmo de cortes nas próximas reuniões do colegiado. Ou até reduzir ainda mais o ponto terminal dos juros se a inflação e os núcleos permanecerem em uma trajetória confortável”, afirma Fernando Honorato, coordenador do Grupo Consultivo Macroeconômico da Anbima.

Diretoria

Essa será a primeira reunião do Copom com os dois novos indicados pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Rodrigo Teixeira, da diretoria de Administração, e Paulo Picchetti, de Assuntos Internacionais, tomaram posse no início o ano. Com isso, o governo Lula tem quatro diretores indicados das nove cadeiras da autoridade monetária. Em dezembro, o mandato do presidente do BC, Roberto Campos Neto e de outros dois diretores se encerram, abrindo espaço para uma indicação de Lula assumir a presidência do BC e do Comitê de Política Monetária.

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