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Com fama de trator, Maria Silvia foi 1ª mulher a presidir o BNDES

Ela alegou motivos pessoais para deixar o cargo; PF investiga repasses do BNDES para a JBS

Por Da redação
Atualizado em 26 Maio 2017, 17h07 - Publicado em 26 Maio 2017, 16h40

A economista Maria Silvia Bastos Marques, uma das mais experientes executivas brasileiras, renunciou hoje à presidência do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Ela alegou razões pessoais para entregar o cargo.

Uma das poucas mulheres a ocupar cargos de destaque no governo Michel Temer, a economista tinha fama de ser um trator no trabalho. Ela foi a primeira mulher a presidir a CSN, uma das principais siderúrgicas do país.

Um dos episódios que ajudaram a consolidar a fama de workaholic da executiva foi o fato dela ter aberto mão da licença-maternidade quando estava à frente da CSN. Na época, ela voltou ao trabalho apenas um mês após dar à luz gêmeos.

A renúncia da executiva acontece após o BNDES virar um dos alvos de investigação da Polícia Federal. A operação Bullish investiga irregularidades no repasse de 8 bilhões de reais do BNDES para a JBS, dos irmãos Joesley e Wesley Batista.

Os funcionários do BNDES vinham criticando Maria Silvia por não ter feito uma defesa mais efetiva dos colaboradores da instituição em relação às investigações da PF. Em editorial publicado nesta quinta-feira em seu jornal interno, a AFBNDES (associação dos funcionários do BNDES) diz que as acusações são “descabidas” e que as investigações sobre as operações precisam ser “racionalizadas”.

Ela também era criticada por setores empresariais, que a acusavam de ter fechado as torneiras do banco. Em conversa gravada, o empresário Joesley Batista se queixou da atuação de Maria Silvia ao presidente Michel Temer. “Está bem travado. Com quem que a Maria Silvia está falando”, disse ele.

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Em nota, Temer afirma que o trabalho de Maria Silvia “honrou o governo e moralizou um setor estratégico para o país, despolitizando a relação com o setor empresarial e elegendo critérios profissionais e técnicos para a escolha de projetos a serem contemplados com financiamentos oriundos de recursos públicos. Deixará como legado um modelo a ser seguido em toda máquina pública”.

Antes da gestão Temer, Maria Silvia já tinha ocupado cargo de diretora do BNDES durante o governo Fernando Collor de Mello. Ele foi a primeira mulher a ocupar uma diretoria da instituição.

Além das passagens pelo BNDES e CSN, Maria Silvia já fez parte de conselhos de importantes empresas, como Vale e Petrobras.

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