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Mais de 443 mil brasileiros foram vítimas de vazamentos do Facebook

A partir de segunda-feira, a rede social vai avisar aos usuários se seus dados foram indevidamente compartilhados com a Cambridge Analytica

Por Da redação
Atualizado em 5 abr 2018, 10h45 - Publicado em 5 abr 2018, 10h39

Mais de 443 000 brasileiros tiveram seus dados do Facebook vazados no escândalo da Cambridge Analytica, consultoria que participou da campanha de Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos. A informação foi divulgada pela rede social nessa quarta-feira.

Em postagem no blog do Facebook, a empresa corrigiu a quantidade total de pessoas afetadas pelo vazamento – antes calculava-se 50 milhões, mas 87 milhões de usuários tiveram informações expostas.

Nos Estados Unidos, mais de 70 milhões de pessoas tiveram os dados expostos. O país foi seguido por Filipinas (1,17 milhão) e Indonésia (1,09 milhão). O Brasil está na 8ª colocação entre os 10 países com mais usuários afetados.

A partir de segunda-feira, o Facebook informou que vai avisar aos usuários se seus dados foram indevidamente compartilhados com a Cambridge Analytica. Além disso, a rede social disponibilizará um link para que as pessoas saibam quais aplicativos do Facebook usam suas informações.

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Mudanças

No post, o diretor-executivo de Tecnologia do Facebook, Mike Schroepfer, fala quais são as alterações que o Facebook está fazendo para proteger as informações dos usuários. “Acreditamos que essas mudanças protegerão melhor as informações das pessoas e, ao mesmo tempo, permitirão que os desenvolvedores criem experiências úteis.”

Uma das principais mudanças diz respeito ao Facebook Login, que permitia o compartilhamento de dados dos usuários com aplicativos parceiros da rede social, como aqueles que desenvolvem games ou quiz. “As pessoas não poderão mais conceder aos apps acesso a informações pessoais, incluindo crenças religiosas ou políticas, status e detalhes de relacionamento, listas personalizadas de amigos, histórico escolar e profissional, atividades físicas, de leitura e musicais, leitura de notícias, hábitos de assistir a vídeos e de acesso a jogos.”

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A empresa diz que vai remover na próxima semana a capacidade dos desenvolvedores de solicitar dados que as pessoas compartilham com eles caso o aplicativo não tenha sido usado nos últimos três meses.

A mudança também atinge quem utilizava a busca de contas por meio do número de telefone ou endereço de e-mail de outra pessoa. A rede social afirma que essa ferramenta “foi importante para encontrar amigos em idiomas que exigem mais esforço para digitar um nome completo, ou em casos onde muitas pessoas têm o mesmo nome”. “No entanto, agentes maliciosos também abusaram desses recursos para coletar informações de perfis públicos ao enviar números de telefone ou endereços de e-mail que já possuíam por meio de pesquisa e recuperação de conta. Dada a escala e a sofisticação da atividade que vimos, acreditamos que a maioria das pessoas no Facebook poderia ter tido seu perfil público afetado. Então agora desativamos esse recurso.”

Escândalo 

O Facebook envolveu-se em um escândalo sobre os dados de seus usuários após o jornal The New York Times revelar que a Cambridge Analytica, consultoria que participou da campanha de Donald Trump à presidência dos Estados Unidosobteve dados de 50 milhões de usuários. A consultoria teria usado informações da rede social para ajudar Trump a vencer a eleição em 2016. A companhia afirma não ter feito nada de ilegal.

Dois dias depois, o fundador da rede social, Mark Zuckerberg, admitiu que a rede social errou e se desculpou. “Temos a responsabilidade de proteger seus dados, se não pudermos, não merecemos servi-los”, escreveu Mark Zuckerberg na primeira reação pública desde que o escândalo veio à tona. 

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A rede social chegou a publicar anúncios em jornais britânicos e norte-americanos para pedir desculpas aos usuários.

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